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A Realidade do Sábado

A Escravidão

Deus diz as seguintes palavras para pai de toda humanidade:

Gênesis 3:17-19
E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida . Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.

Quando Adão pecou por causa de Eva a carne e a escravidão apareceram, porém não era da vontade de Deus, do mesmo modo quando Abraão não creu na palavra de Deus escutando a voz de Sara quando disse: “Toma a escrava”,nunca foi por meio desta que Deus quis dar um filho à Abraão, porém por Sara mesmo, assim o filho da carne e a escrava apareceram. Podemos perceber que Deus nos mostra que quando há a desobediência a consequência é a escravidão. Toda desobediência gera consequências como nestes casos, porém Deus sempre proporciona uma restauração. Quando Deus colocou Adão e Eva debaixo de escravidão proporcionou também um descanso para os mesmos quando diz:

Gênesis 2:1-3
Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera , descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.

Jesus nos revela o motivo que levou Deus a fazer o sétimo dia:

Marcos 2:27-28
E acrescentou: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado.

Pelo texto podemos perceber que o sábado foi feito por causa do homem, logo este descanso só pode ter sido estabelecido depois de o homem ter sido criado. Imagine que antes do homem tal descanso não existia, diante dos anjos e de toda a criação invisível de Deus isto era uma coisa nova, pois o motivo que levou Deus a fazer este descanso justamente foi o homem. Podemos perceber que quando Deus criou o homem não foi para a servidão que ele fez isso, mas para ser livre e viver em descanso:

Gênesis 2:5-9
Não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o SENHOR Deus não fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para lavrar o solo. Mas uma neblina subia da terra e regava toda a superfície do solo. Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

O Alimento que Adão consumiria seria do próprio jardim e apenas ele deveria cultivar este jardim, porém sem escravidão onde por si próprio plantas dariam o alimento ao homem, ou seja não haveria fadiga para o homem para ele alimentar-se do produto da terra, esta sempre foi a vontade original de Deus, contudo quando o homem transgrediu o mandato de Deus ficou debaixo das palavras de Deus que dizem: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás. “

Assim o homem passou de uma posição onde não havia a necessidade de fadigas e suores para seu sustento à uma posição onde ele tornaria ao pó depois de muitos anos de fadiga e trabalho, assim Deus estabeleceu a Lei: “Aquele que não trabalha que não coma”

Restauração de todas as Coisas

A vontade original de Deus era que o homem não se fatigasse para tirar o seu sustento, mas que as plantas produzissem e o homem se alimentasse dessas sem o suor do rosto e deste modo o homem não estaria debaixo da lei da escravidão que é a lei que fala do homem tirar seu pão do meio de cardos e abrolhos. Mas Deus prometeu uma restauração de todas estas coisas para que por meio desta restauração toda a criação voltasse ao que era no princípio, conforme nos é dito por meio do apóstolo Paulo:

Romanos 8:19-23
A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo.

Podemos raciocinar em um ponto: primeiro que o homem comeria seu alimento sem fadigas, porém o curso disso foi desviado, segundo: Deus faz uma alusão com a atual forma de agricultura.

a) O pão da terra – quando Deus diz do suor do teu rosto comerás o teu pão, Deus já estava profetizando o labor do homem para tirar da terra o produto que faria o pão, ou seja os grãos. O homem agora deveria trabalhar a terra debaixo do sol, fadigas e suor plantando e colhendo para que a terra desse e o homem colhesse o produto da terra e desse produto ele fizesse o pão, este é o pão da escravidão, da terra que o homem come, porém ele morre, mas Cristo é pão da vida que desce do céu, pão da liberdade e que o homem vive por ele.

b) Viver da Servidão – Uma lei foi colocada debaixo de todos os homens e todos estariam debaixo da mesma, assim o homem viveria debaixo do trabalho e debaixo de escravidão, contudo na lei, os sacerdotes viveriam do altar e daquilo que eles não produziriam, este seria o modelo de vida deles, pois o povo os alimentariam por meio de primícias, ofertas e dízimos, isto é um modelo que estudaremos futuramente.

Deus quer que aquilo que foi estabelecido no princípio seja restaurado para que assim como os levitas que se dedicavam integralmente a Deus, assim também o homem se dedique integralmente a Ele de modo que não haverá mais fadigas nem morte, mas a terra produzirá por si e o homem se alimentar não debaixo de servidão, vamos acompanhar o testemunho de Papias de Hierápolis:

“Haverá dias em que nascerão vinhas que terão, cada uma, dez mil videiras; cada videira terá dez mil ramos; cada ramo terá mil galhos; cada galho terá dez mil cachos e cada cacho terá dez mil uvas e cada uva espremida renderá vinte e cinco metretes de vinho. E quando um dos santos pegar um dos cachos, o outro cacho gritará: ‘pega-me porque sou o melhor e, por meu intermédio, bendize o Senhor’. Da mesma forma, um grão de trigo produzirá dez mil espigas e cada espiga dará dez mil grãos; cada grão dará dez libras de farinha branca e limpa. Também os outros frutos, sementes e ervas produzirão nessa mesma proporção. E todos os animais que se alimentam dos alimentos dessa terra se tornarão pacíficos e viverão em harmonia entre si, submetendo-se aos homens sem qualquer relutância.”

Isto é semelhante ao que diz a Escritura:

Isaías 65:20-25
Não haverá mais nela criança para viver poucos dias, nem velho que não cumpra os seus; porque morrer aos cem anos é morrer ainda jovem, e quem pecar só aos cem anos será amaldiçoado. Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos. Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a calamidade, porque são a posteridade bendita do SENHOR, e os seus filhos estarão com eles. E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. O lobo e o cordeiro pastarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; pó será a comida da serpente. Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o SENHOR.

Podemos ver que nestes textos Deus está reestabelecendo o que era desde o princípio onde os animais viviam pacificamente sem um comer o outro, porém todos os animais se alimentavam de ervas, exatamente como vemos no princípio do mundo:

Gênesis 1:29-30
E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento. E a todos os animais da terra, e a todas as aves dos céus, e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento. E assim se fez.

Fica evidente que Deus quer restaurar estas coisas para que por meio delas o mundo fique como era desde o princípio da Criação e toda criação seja como diz o texto: “Viu Deus que era tudo Muito bom”

Com todos estes detalhes podemos ter um vislumbre panorâmico de tudo o que Deus tem em mente e compreendermos as palavras de Cristo, da Lei, dos profetas e dos escritos. Vamos atentar novamente para o texto que diz:

Marcos 2:27-28
E acrescentou: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado.

Primeiramente devemos fazer perguntas a nós mesmos e raciocinar sobre este texto:

Primeiro: Se o homem no princípio não estava em situação de servidão e de fadigas qual o motivo de Deus estabelecer um dia de Descanso para o homem?

Segundo: qual o motivo de Deus estabelecer o sábado pra o homem?

Estas perguntas podem ser respondidas por meio de uma mesma resposta, mas que só poderá ser respondida por uma mente exercitada na Lei e nos profetas, este é o motivo de muitos não compreenderem estas questões. Como percebemos Deus criou o homem não para a servidão e não para o trabalho árduo, mas para que em bondade e liberdade cultivasse o jardim e deste jardim ele se alimentaria sem escravidão, se alimentaria da arvore da vida, mas devido a desobediência isso tudo se modificou e o homem perdeu tudo isso. Agora devemos raciocinar, pois se o homem entrou em escravidão e Deus diz: “Seis dias trabalharás e no sétimo descansarás” obviamente o sábado foi estipulado para que o homem descansasse de suas fadigas e como vimos essas fadigas só apareceram por causa da transgressão que levou o homem a ficar debaixo de servidão, portanto o motivo do sábado é este: libertar o homem da Lei da servidão e trazer descanso ao homem.
Deus criou o sábado sabendo que o homem iria pecar e por meio do pecado ficar debaixo de escravidão e depois tornaria ao pó que foi formado, esta é a lei deste mundo, mas não o que Deus disse; “Tudo é muito bom”, portanto se o homem não pecasse, o sábado não seria estabelecido, pois o motivo do sábado ter sido estabelecido justamente foi o descanso e libertação da servidão causada pelo pecado, porém agora temos uma nova questão: se o sábado foi criado por causa do homem para que ele descansasse de suas fadigas e servidão do pecado, acaso o homem pecou depois de o sábado ser estabelecido? Esta pergunta responderemos adiante do estudo.

O Sábado, a Lei de Deus e os Tempos determinados

Existem alguns trechos no novo testamento que são um pouco obscuros e de difícil compreensão em relação ao sábado e que muitos por não compreenderem fazem um julgamento equivocado quanto as coisas que são ditas. No livro de Lucas percebemos que Jesus e os discípulos passavam pelas espigas e com as mãos comiam e debulhavam, porém alguns sacerdotes por causa das suas tradições tiraram conclusões erradas e acusaram Jesus e seus discípulos de transgredirem o sábado conforme está escrito:

Lucas 6:1-4
Aconteceu que, num sábado, passando Jesus pelas searas, os seus discípulos colhiam e comiam espigas, debulhando-as com as mãos. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito aos sábados? Respondeu-lhes Jesus: Nem ao menos tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e seus companheiros? Como entrou na casa de Deus, tomou, e comeu os pães da proposição, e os deu aos que com ele estavam, pães que não lhes era lícito comer, mas exclusivamente aos sacerdotes?

Estes mesmos sacerdotes tropeçaram na interpretação da Lei, pois na lei em nenhum momento proibia o comer com as mãos no dia de sábado, porém a Lei dizia:

Deuteronômio 23:24-25
Quando entrares na vinha do teu próximo, comerás uvas segundo o teu desejo, até te fartares, porém não as levarás no cesto. Quando entrares na seara do teu próximo, com as mãos arrancarás as espigas; porém na seara não meterás a foice.

Na lei estava determinado que quando um homem entrasse na vinha, seara do seu próximo ele poderia comer até se fartar, para que houvesse justiça na terra e isso era justiça de Deus para que os famintos pudessem se alimentar, portanto não era transgressão ao sábado, mas um mandamento de Deus, contudo nos sábados ou em qualquer dia era proibido entrar na vinha do próximo e passar a foice, pois isso seria injustiça e não justiça. Jesus estava justamente fazendo o contrário aqui, estava se alimentando daquilo que a terra produziu sem que ele labutasse com o suor do seu rosto, ele estava juntamente com seus discípulos comendo do produto da terra, mas que não custou nenhuma gota do seu suor e assim restaurando aquilo que desde o princípio do mundo já havia sido estabelecido. Este era o significado do sábado, que houvesse justiça na terra, e que os homens praticassem a justiça deixando livre as vinhas e as searas para os necessitados, os escravos, os pobres e as viúvas se alimentassem fartamente, porém com suas mãos.

Na lei este princípio de justiça e descanso aparecem algumas vezes, mas sempre com o mesmo sentido, contudo sendo apresentados de formas diferentes para que por meio das somas dos textos pudéssemos compreender o todo, vejamos o que dizia na Lei sobre o sétimo ano:

Levítico 25:1-8
Disse o SENHOR a Moisés, no monte Sinai: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vos dou, então, a terra guardará um sábado ao SENHOR. Seis anos semearás o teu campo, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás os seus frutos. Porém, no sétimo ano, haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao SENHOR; não semearás o teu campo, nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo na tua seara não segarás e as uvas da tua vinha não podada não colherás; ano de descanso solene será para a terra. Mas os frutos da terra em descanso vos serão por alimento, a ti, e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo; e ao teu gado, e aos animais que estão na tua terra, todo o seu produto será por mantimento. Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.

O mesmo princípio que vimos sobre o sétimo dia está aplicado ao sétimo ano, justiça na terra. Fica evidente que Deus quis demonstrar a mesma coisa por ângulos diferentes, em um trata do sétimo dia e no outro do sétimo ano, porém o princípio é o mesmo. No sétimo ano Deus não permitia que houvesse colheitas nem plantio na terra, mas os homens poderiam se alimentar daquilo que a terra por si própria produziria, ou seja, os homens teriam liberdade de entrar na vinha do seu próximo e se alimentarem fartamente segundo o princípio de justiça que observamos em Deuteronômio, mas o plantio e colheita por meio de instrumentos de trabalho era proibido. Deus por meio deste preceito estava restaurando o que era no princípio onde já vimos que não haveria plantio com suor e fadigas, mas liberdade e alegria para o homem, Deus vetou aos homens tanto no sétimo dia quanto no sétimo ano o plantar e colher, ou seja pelo plantar e colher o homem tirará o pão da servidão da terra, mas no sétimo dia e no sétimo ano o homem apenas se alimentaria fartamente daquilo que a terra livremente daria e em descanso bendiria ao Senhor. Tanto no sétimo dia quanto no sétimo anos percebemos que Deus quis mostrar o findar dos trabalhos, o findar das fadigas e que o tempo da justiça chegou, os escravos estarão livres, os animais não poderão levar julgo, o homem não plantará e não colherá, porém viverá de tudo o que a terra por si própria produzir e ficará livre para se dedicar ao Criador.

Durante seis dias o homem estava autorizado a plantar e colher e fazer todo seu trabalho de sustento e do mesmo modo durante seis anos o homem podia plantar e colher, mas findo estes períodos ao homem estava vetado praticar tais coisas, pois era tempo de descanso e as obras que o homem fazia para tirar o seu sustento da terra não eram permitidas e sim vetadas por Deus. Agora vamos raciocinar com todas as coisa que estudamos até aqui, perceba que no princípio o homem não produziria o pão em fadigas, mas a terra daria sua benção, contudo por causa do pecado a terra passou a produzir cardos e abrolhos e do meio de espinhos o homem tiraria o produto da terra e deste produto tirado debaixo de sofrimentos e fadigas, o homem faria a massa do pão e dela se alimentaria, ou seja ele permanece durante toda sua vida debaixo da lei da servidão. Podemos dizer que a atual agricultura é um símbolo da escravidão do homem e do pecado, pois se o homem não houvesse pecado esta agricultura como temos hoje não teria aparecido e o homem se alimentaria livremente do que a terra produziria, sem escravidão e sem fadigas, porém ela foi estabelecida e por meio dela o homem come seu alimento e depois torna ao pó que foi tirado e da terra que no princípio foi amaldiçoada ele come seu pão, como diz: “Maldita é a terra por tua causa”. Caim ofereceu o fruto de uma terra maldita à Deus, porém pela fé Abel ofereceu o primogênito de seu rebanho como símbolo do Cristo. Quando olhamos para a Lei de Deus e atentamos para as festas e tempos determinados entendemos que estas festas estavam ligadas a agricultura e se não houvesse plantio e colheita não poderia haver certas festas e assim durante o ano o homem haveria de trabalhar na terra para poder celebrar a Deus as festas estabelecidas para Deus, porém ao sétimo ano estas festas de plantio e colheita não poderiam ser celebradas já que estava vetada a agricultura, portanto Deus está nos revelando que ao sétimo ano, o sábado da terra, a temporada de festas de colheita e plantio haveria de findar, do mesmo modo quando olhamos para o sétimo dia isso também ocorre, pois plantar e colher também não era permitido.

O sentido disso é que assim como Deus quis demonstrar a escravidão e o pecado tipificado no trabalho dos seis dias e dos seis anos onde o homem plantaria e colheria, assim no sétimo dia e no sétimo ano chegaria ao fim a representação do pecado do homem e a justiça seria estabelecia e o homem se alimentaria sem fadigas daquilo que a terra por si própria produziria, ou seja Deus está mostrando o Seu Reino em Justiça e sem o trabalho árduo do homem, ou seja o pecado seria desfeito e agora o homem poderia dedicar-se integralmente ao seu criador e não faria nenhuma obra deste mundo para tirar seu sustento, mas abundantemente ele se alimentaria daquilo que por si mesmo nascesse.

Realidade das coisas tipificadas por Deus

Colossenses 2:16-17
Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.

Paulo por meio do Espírito nos ensina que sábados, festas e etc, eram sombras e tipologias das coisas que Deus estabeleceu e nas tipologias dos sábados e dos tempos Deus apontava o fim do pecado e o estabelecimento da justiça conforme estudamos acima, tanto o sétimo dia quanto o sétimo ano traziam esta relação de findar dos trabalhos e o estabelecimento da justiça que é o reino de Deus. Agora, compreendido as sombras devemos passar para a compreensão das realidades práticas e compreender as coisas perfeitas, pois se estas coisas apontam as sombras obviamente existem as realidades. Primeiramente sabemos que Deus ele tem um descanso e que este descanso aponta para o sétimo dia, contudo a escritura também diz que Deus não se cansa:

Isaías 40:28-29
Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

Ora se Deus não se cansa então qual o motivo que diz que: Deus descansou ao sétimo dia? Primeiramente devemos entender que para compreendermos este descanso de Deus muitas coisas devem ser levedas em conta, o momento, o lugar e o cumprimento das profecias. Sabemos que Deus estabeleceu o sábado por causa do homem, contudo percebemos que é dito que Deus descansou ao sétimo dia. Muitos não percebem, talvez pela falta de leitura ou talvez por não meditar nos profetas e na Lei, mas Deus revela aspectos deste descanso na sua palavra, vamos analisar alguns textos para chegarmos em uma conclusão mais satisfatória:

Salmos 95:8-11
não endureçais o coração, como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto, quando vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, não obstante terem visto as minhas obras. Durante quarenta anos, estive desgostado com essa geração e disse: é povo de coração transviado, não conhece os meus caminhos. Por isso, jurei na minha ira: não entrarão no meu descanso.

Este texto é muito revelador e nos faz pensar em algumas coisas, pois nele percebemos que Deus está tratando sobre os ímpios que não creram nas palavras do Espírito e endureceram o seu coração ou ponto de Deus ficar enfurecido com eles e dizer: “Não entrarão no meu Descanso”, ora sabemos que o descanso de Deus é o sétimo dia e que este é o sábado de Deus, mas como Deus pode dizer a este povo, não entrarão no meu descanso? O que podemos concluir é que Deus quis levar o povo até o descanso, porém este povo foi incrédulo e desprezou a Deus e o tentou e estes não puderam entrar no descanso. Pense, durante quarenta anos este povo esteve no deserto e já haviam recebido o mandamento do sábado e guardando eles o sábado por quarenta anos ainda assim Deus diz a eles que estes não entrariam no descanso, ora se eles guardavam o sábado por quarenta anos como então não puderam entrar no descanso?

Quando o escritor de hebreus explica estes textos ele traz um ensino baseado na lei e nos profetas para que a nossa visão quanto ao texto do salmo 95 fique clara e além disso faz uma associação com outros textos:

Hebreus 4:1-11
Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado. Porque também a nós foram anunciadas as boas-novas, como se deu com eles; mas a palavra que ouviram não lhes aproveitou, visto não ter sido acompanhada pela fé naqueles que a ouviram. Nós, porém, que cremos, entramos no descanso, conforme Deus tem dito: Assim, jurei na minha ira: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, do mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso. Visto, portanto, que resta entrarem alguns nele e que, por causa da desobediência, não entraram aqueles aos quais anteriormente foram anunciadas as boas-novas, de novo, determina certo dia, Hoje, falando por Davi, muito tempo depois, segundo antes fora declarado: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um sábado para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência.

Este texto é de grande revelação, pois nos traz compreensão exata do que o salmo 95 quis dizer quando tratava de descanso e sobre como se entrar neste descanso. Veja que ele explica que aqueles que saíram do Egito não puderam entrar no descanso pelo fato que a mensagem e as coisas que eles ouviram não foi acompanhada pela fé, ou seja eles não creram então Deus jurou que estes não entrariam em seu descanso, contudo isso já havíamos percebido no salmo 95, porém o mais revelador é que ele diz que ainda que Deus tenha dito que eles não entrariam no seu descanso, as obras já haviam sido terminadas no início do mundo e a sua última obra foi o sábado, ora então se Deus fez o sábado no início do mundo, como pois eles poderiam entrar? Por isso ele diz que nós pela fé entramos no Descanso e ele diz: Não entrarão no meu descanso. Embora, certamente, as obras estivessem concluídas desde a fundação do mundo. Porque, em certo lugar, assim disse, no tocante ao sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as obras que fizera. E novamente, do mesmo lugar: Não entrarão no meu descanso.

Fica claro que Deus preparou o descanso no início do mundo e que Deus estava levando este povo para este descanso, mas eles pela incredulidade não puderam entrar, ou seja Deus fez a preparação do seu descanso e chamou os convidados mas eles não foram dignos para entrar, mas para nós é dito: “Portanto, resta um sábado para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das suas. Esforcemo-nos, pois, por entrar naquele descanso, a fim de que ninguém caia, segundo o mesmo exemplo de desobediência”

Continua…

Escrito por
Israel Leães Fontoura
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2 comentários
  • Parabéns pelos estudos, tenho aprendido muito com vcs
    Sou pastor presidente de uma igreja em Queimados Rj e estou me preparando para fazer o curso teológico com vcs

  • Paz do Senhor amados irmãos. Entendi que a obediência me coloca no descanso do Senhor. Quem está em pé cuidado para que não caia. Deus nos abençoe.