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NÃO EXISTE ALIANÇA RENOVADA E SIM UMA NOVA ALIANÇA!

NÃO EXISTE ALIANÇA RENOVADA E SIM UMA NOVA ALIANÇA!

Vamos falar sobre 4 pontos que estão relacionados:

  1. ALIANÇA RENOVADA – Uma falácia sedutora!
  2. Jesus Cristo fez algo NOVO ou apenas RENOVOU o Antigo Pacto?
  3. A Lei de Cristo
  4. Conclusão

OBS.: Leia todos os trechos para compreender plenamente.

ALIANÇA RENOVADA – Uma falácia sedutora!

Atualmente, alguns grupos, que se denominam como cristãos ou messiânicos, têm procurado fazer uma manutenção das obras da lei as quais fomos severamente advertidos pelos apóstolos para não nos deixarmos cair nessas armadilhas (Rm 3.20,27,28; Gl 2.16; 3.2,5,10). E esses ensinos, têm mantido muitos debaixo da lei ou “sob a lei” como alerta o apóstolo Paulo (Gl 4.5,21; 5.18).

Para isso, têm surgido um discurso que parece fazer sentido, mas não é verdadeiro.

Dizem que Jesus Cristo não fez uma Nova Aliança, mas apenas teria renovado a Antiga Aliança do Sinai. Inclusive eles abominam o uso do termo VELHO Testamento e trocam por Antigo Testamento.

Afinal, a expressão “VELHO“ deixa bem claro que o “antigo” já passou e não tem mais validade!

Mas esses tais, procuram resgatar ou inserir alguns elementos do Velho Testamento na Nova Aliança.

Por isso, buscam de toda maneira ocultar o sentido do VELHO, antiquado, antigo e finalizado pacto que se encerrou em Cristo Jesus.

Sim, Jesus Cristo é o FIM da Lei, tanto no sentido de ter cumprido totalmente a Lei (pois Ele veio sob a Lei) e assim dar FIM aos preceitos da Lei, como também para apontar a FINALIDADE da Lei.

Jesus nasceu sob a Lei vivendo “debaixo da Lei” justamente para nos livrar do peso da Lei que muitos ainda hoje estão sedentos por impor aos demais irmãos.

O apóstolo Paulo (tão odiado por muitos hereges) teve vários problemas no início da Igreja Primitiva, justamente com os judaizantes que acabavam por afastar o povo de Cristo ao buscarem ser justificados pela Lei, rejeitando assim a cruz e caindo da graça de Deus (Gálatas 5.1-9).

Portanto, Jesus cumpriu todos os mandamentos que a Lei exigia que fossem cumpridos por um homem em suas etapas da vida. Desde a circuncisão, ao 8º dia de nascimento (Lucas 2.21), até os demais detalhes da Lei para os homens de modo geral.

E é exatamente isso que Paulo explica aos Gálatas que estavam fascinados com o fermento da mentira que ocultava a graça de Cristo sob a sombra das obras da Lei já abolidas:

“vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.” Gálatas 4:4-5

Como você já deve ter percebido, Jesus veio sob a Lei para CUMPRIR e não para REVOGAR. Ele não veio ser CONTRA a Lei. A Lei precisava ter seu cumprimento completo antes de ser estabelecida uma Nova Aliança.

A palavra “cumprir” aqui tem o sentido de “tornar pleno, fornecer ou suprir liberalmente”.

“Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.” Mateus 5:17-18

Jesus veio e CUMPRIU todas as exigências da Lei relacionadas à nossa salvação e, por isso ABOLIU; ou seja, deu FIM a Lei dos mandamentos relacionados à esse tema imediatamente ao ter sido crucificado, justamente  por ter completado a FINALIDADE dessa Lei:

aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças” Efésios 2:15

“Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” Romanos 10:4

Ele é o fim e a finalidade da Lei. A Lei serviu de Aio (i.e.; tutor, pedagogo) para nos indicar o Cristo naquele tempo, com a finalidade de cremos nEle. Porém, hoje, Cristo deu cumprimento e finalizou o propósito da Lei:

“De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.” Gálatas 3:24-25

Ao se cumprir (completar, dar cumprimento) as obras da Lei em Cristo Jesus, estamos livres de voltar às práticas da antiga aliança como circuncisão, dias de festas, etc.

“Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.” Colossenses 2:16-17

*para um estudo sobre a questão dos “SÁBADOS” em Colossenses 2:16, clique aqui.

Jesus Cristo fez algo NOVO ou apenas RENOVOU o Antigo Pacto?

Na epístola aos Hebreus (Hb 8.8-10; 10.16) somos lembrados de que, no passado, o SENHOR prometeu uma NOVA Aliança quando disse:

“Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei NOVA aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá.” Jeremias 31:31

Deus prometeu uma NOVA Aliança exatamente porque, aquela antiga aliança havia sido ANULADA pelo próprio povo que, constantemente se rebelou contra Deus:

Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o SENHOR.” Jeremias 31:32

Sendo assim, Jesus Cristo não veio “restaurar” o velho testamento e sim estabelecer o Novo (não renovado, mas novinho em folha mesmo!).

Quanto ao primeiro pacto com seus sacrifícios de animais e o segundo pacto pelo sangue de Jesus Cristo, diz:

Remove o primeiro para estabelecer o segundo.” Hebreus 10:9

Por isso, nós, os crentes em Jesus Cristo que vivemos o Evangelho, estamos estabelecidos em uma realidade espiritual e temos promessas muito superiores às da Velha Aliança feita no monte Sinai:

Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda. Hebreus 8:6-7

A Nova Aliança é ETERNA:

Vivemos essas bênçãos por causa do “sangue da eterna aliança” Hebreus 13:20

Os aspectos morais da lei de Deus permanecem porque Ele não muda em seu caráter moral. Por isso, todas as exigências divinas para seu povo se resumem no amor:

“… quem ama o próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.” Romanos 13:8-10

Observe que Paulo usa um texto de Levítico 19.18 “amarás o teu próximo como a ti mesmo”; para resumir toda a exigência moral de Deus para nós hoje. Isso implica em como nos relacionamos uns com os outros.

“Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.” 1 João 4:20-21

Por isso Jesus disse:

Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” João 13:34

Jesus revela diante do questionamento de um fariseu que era dos intérpretes da Lei, qual é o resumo da Lei moral também usando o texto de Levítico 19.18:

Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento“. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas. Mateus 22:37-40

A Lei de Cristo

O apóstolo Paulo, falando sobre as leis do velho testamento e do novo testamento, explica em Romanos 7.1-4 que a Lei não tem mais domínio sobre a mulher (povo de Deus) após a morte do marido – referindo-se a Cristo (Is 54.5) e, que após a ressurreição um “novo homem” (Ef 2.15) se levantou dentre os mortos como um “outro” para se tornar o marido numa nova aliança.

Sabemos que Cristo não é um sacerdote segundo a ordem de Arão, mas é Sumo-Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.11-17). Por isso, é necessário entender que não houve apenas uma mudança entre as Alianças, como também houve uma mudança na Lei:

“Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.” Hebreus 7:12

As mudanças foram necessárias para que, na Nova Aliança, o marido (Cristo) pudesse escrever em seu contrato de casamento (isso é uma aliança), apenas as leis que estão relacionadas com a nova realidade espiritual do povo de Deus:

“Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.” Hebreus 7:18-19

O apóstolo Paulo nos fala que ele não estava mais debaixo da Lei da antiga aliança, mas estava debaixo da “Lei de Cristo” (ver 1 Coríntios 9.21). Sabemos que a Lei de Cristo é essa:

O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” João 15:12

Jesus reforça seu mandamento (“vos mando”):

“Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.” João 15:17

Por isso, Paulo diz:

“Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo.” Gálatas 6:2

Todos os apóstolos tinham essa mesma lei em mente ao falar da boa notícia do Evangelho.

O apóstolo Paulo ainda adverte aos irmãos de Tessalônica dizendo:

“estais por Deus instruídos que deveis amar-vos uns aos outros” 1 Tessalonicenses 4:9

O apóstolo João lembra que essa é a mensagem que eles ouviram desde o início e deveria ser a base da doutrina dos apóstolos:

“Porque a mensagem que ouvistes desde o princípio é esta: que nos amemos uns aos outros” 1 João 3:11

João também nos explica que, só permanece em Deus quem guarda (obedece) seus mandamentos:

Ora, o seu mandamento é este: que creiamos em o nome de seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento que nos ordenou. E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele. E nisto conhecemos que ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu. 1 João 3:23-24

Tiago, também usando o texto de Levítico 19.18, resume a Lei de Cristo como a lei real (ACF), lei régia (ARA) ou “lei do Reino” (NAA); i.e.; a lei principal:

Se vocês, de fato, observam a lei do Reino, conforme está na Escritura: “Ame o seu próximo como a si mesmo”, fazem bem. Tiago 2:8, NAA

Assim, todas as Leis do Antigo Testamento que envolvem o amor ao próximo (Levítico 19.18) estão relacionadas com a Lei de Cristo.

Conclusão

Sabemos que “a lei é boa” (Rm 7.16; 1Tm 1.8), “a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom” (Rm 7.12) e que “a lei é espiritual” (Rm 7.14).

Não há nada de errado com a Lei. Inclusive, a Lei de Deus que antes estava escrita em tábuas de pedras, na Nova Aliança, a Lei de Cristo está escrita em nossos corações! (Jr 31.33; Ez 11:19-20; Hb 8:10; Hb 10:16).

Assim, vivemos sob um novo contrato, novo acordo, novo Pacto.

Isso é a Nova Aliança em Cristo “Jesus, o Mediador da nova aliança” – Hebreus 12:24

Por isso, todas as Leis da Antiga Aliança que foram REPETIDAS no Novo Testamento, seguimos. Não simplesmente porque estavam na Antiga, mas porque ESTÃO na Nova Aliança por meio da Lei de Cristo que é o amor (Levítico 19.18); porque “Deus é amor” (1 João 4:16).

Sendo assim, todas as leis que abrangem o amor ao próximo estão ainda envolvidas no Novo Testamento pela regra da Lei de Cristo. As demais leis (relacionadas ao Tabernáculo, Festas, dias, meses e anos especiais, circuncisão, sacrifícios de animais,  etc…) que são chamadas de “obras da Lei”, não estão em vigor na Nova Aliança!

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Escrito por
Pr. Felipe Morais
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1 comentário
  • Excelente artigo, pois o engano nesses últimos dias tem sido grande e continuará crescendo.
    Deus continue te abençoando, pr Felipe.