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Quem foi Salomão? A História de Salomão, rei de Israel

Quem foi Salomão? A História de Salomão, rei de Israel

Quem foi Salomão? A História de Salomão como rei em Israel

Nome e Local de nascimento

Salomão nasceu na cidade de Jerusalém (2Sm 5:13-16; 12:25; 1Cr 3.5-9; 14.3-7).

Era filho do rei Davi e sua mãe era Bate-Seba (2Sm 12:24-25). Bate-Seba deu a luz a Salomão, também chamado “Jedidias” e outros três filhos[1].

O nome Salomão significa “paz” (Salomão שׂלמה Shelomoh – cf. STRONG h8010) e procede do termo hebraico שׂלומּ shalôm. Já o nome “Jedidias” que ele recebeu do profeta Natã, significa “Amado do Senhor” (Jedidias ידידיה Yediydeyah – cf. STRONG h3041)

Davi cumpre sua promessa feita a Bate-Seba

Quando Davi já estava velho, seu filho Adonias se proclamou rei (1Rs 1:1,5-10), mas o profeta Natã e Bate-Seba lembram a Davi que ele havia prometido que Salomão seria o herdeiro do trono. Então, Zadoque, o sacerdote, e Natã, o profeta, ungiram a Salomão em Giom, e ele foi proclamado rei (1Rs 1:11-40; cf. 1Cr 29:22-25).

Adonias foge de Salomão

Quando Adonias e seus adeptos ficam sabendo que Davi constituiu a Salomão como rei e cada um deles foge (1Rs 1:41-49).

Adonias, com medo de Salomão, tenta se proteger segurando nas pontas do altar como meio de invocar a proteção de Deus e a misericórdia dos homens. Salomão poupa a vida de Adonias naquele momento e diz que, se ele for um homem de bem, estará protegido e o alerta para que não fizesse nenhuma maldade; caso contrário, seria morto (1Rs 1:50-53; cf. 1Rs 2:13-27).

Mas, Adonias ainda assim vai provoca-lo e morre logo após tentar usar Bate-Seba, a própria mãe de Salomão, para pedir a mão de Abisague, a sunamita em casamento (1Rs 2:13-25).

As últimas ordens de Davi a Salomão

Davi então deu as últimas ordens ao seu filho Salomão, morreu e foi sepultado na Cidade de Davi (1Rs 2:1-12). Suas últimas palavras foram para dar glórias a Deus (2Sm 23:1-7).

Salomão mandou embora o sacerdote Abiatar para a cidade de Ananote deixando claro que, só poupou sua vida por ele ter levado a arca da aliança do Senhor diante de Davi e porque se afligiu com todas as aflições de Davi. Ainda assim, Abiatar foi expulso do seu ofício sacerdotal, cumprindo assim a palavra que o Senhor tinha dito a respeito da casa de Eli, o sacerdote, em Siló (1Rs 2:26-27; cf. 1Sm 2.27-36).

Joabe tinha se desviado para seguir Adonias, embora não tivesse se desviado para seguir Absalão —, ele fugiu para o tabernáculo do SENHOR e pegou nas pontas do altar. Ainda assim, seguindo as orientações de seu pai Davi (cf. 1Rs 2:5,6), Salomão então ordenou a Benaia, que o atacasse pois; Joabe havia matado dois comandantes do exército de Israel em tempo de paz: Abner, filho de Ner e Amasa, filho de Jéter. (1Rs 2:28-35).

Salomão então manda Simei construir uma casa em Jerusalém e ordena que não saia para nenhum outro lugar. Certamente ele poderia ser um traidor em Israel. Então, Simei promete ficar morando ali e morou em Jerusalém por muito tempo. Mas, três anos depois, dois servos de Simei fugiram para Aquis, rei de Gate. Simei então foi buscá-los na terra dos filisteus. Salomão ficou sabendo e mandou que Benaia o matasse. E assim se firmou o reino sob o domínio de Salomão. (1Rs 2:36-46).

O casamento de Salomão com a filha de Faraó

Salomão casa com a princesa do Egito, isso fez com que ele tivesse paz com a maior potência de sua época. A filha de Faraó fica morando na Cidade de Davi até o palácio ficar pronto (1Rs 3:1-2; cf. 1Rs 9:24)

Deus aparece a Salomão em Gibeão

Até esse momento, a Bíblia diz que “Salomão amava o SENHOR, andando nos preceitos de Davi” (1Rs 3:3)[2] e que “o SENHOR, seu Deus, estava com ele e muito o engrandeceu” (2Cr 1:1) ao oferecer mil holocaustos em Gibeão, no lugar alto que ficava em Gibeão, de diante da tenda do encontro (2Cr 1:13) e ali o Senhor lhe apareceu em sonhos. Foi nessa noite que Deus lhe disse: “— Peça o que você quer que eu lhe dê.” (1Rs 3:4,5).

Salomão pede sabedoria

E então, Salomão reconhece que o Senhor foi bondoso com seu pai, porque ele andou com Deus “em fidelidade, em justiça e em retidão de coração, diante da tua face.” era apenas um jovem”[3] e pediu sabedoria para saber agir com um povo tão numeroso. Estas palavras agradaram ao Senhor que deu a ele um coração sábio e inteligente. Além disso, Deus deu a Salomão tanto “riquezas como glória, de modo que, entre os reis, não haverá ninguém semelhante a ele durante os dias da sua vida.” Mas uma coisa o Senhor colocou como uma condição; prolongaria seus dias de vida, apenas se ele fosse fiel a Deus como fez Davi. (1Rs 3:3-15; 2Cr 1.2-13)

A sabedoria do rei ao julgar a causa das duas mulheres, faz com que todo o Israel tivesse profundo respeito por Salomão, pois fica evidenciado que havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça (1Rs 3:16-28).

O rei Salomão reinou sobre todo o Israel e uma lista de seus oficiais mostra os detalhes da administração de seu governo (1Rs 4:1-19).

A paz e a prosperidade do reino de Salomão

Nesse tempo, “o povo de Judá e Israel era tão numeroso como a areia que está na praia do mar; eles comiam, bebiam e se alegravam. Salomão dominava sobre todos os reinos desde o Eufrates até a terra dos filisteus e até a fronteira do Egito. Esses reinos pagavam tributo e serviram Salomão durante todos os dias da sua vida. Porque Salomão dominava sobre toda a região e sobre todos os reis do lado de cá do Eufrates, desde Tifsa até Gaza, e tinha paz em toda a região ao redor”.

Fica evidente que, como uma figura messiânica escatológica; o reino de Salomão apresenta traços do futuro Reino de Cristo, profetizado pelos profetas[4], quando diz que: “Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, durante todos os dias de Salomão.” (1Rs 4:20-28; cf. Mq 4:4 e Zc 3:10)

Deus deu a Salomão tanta sabedoria que, nenhum outro era mais sábio que ele. E, assim, sua fama se espalhou por todas as nações ao redor. Ele compôs três mil provérbios e mil e cinco cânticos. É dito que “de todos os povos vinha gente para ouvir a sabedoria de Salomão, e também mensageiros de todos os reis da terra que tinham ouvido falar da sua sabedoria.” (1Rs 4:29-34)

A aliança entre Salomão e Hirão, rei de Tiro

Hirão, rei de Tiro, que tinha sido amigo de Davi, enviou os seus servos a Salomão. Então Salomão lhe contou seu plano de construir o Templo ao nome do Senhor, como desejou Davi, seu pai. Hirão ficou muito contente com essas palavras e prometeu ajudá-lo nesse tão nobre empreendimento. “O SENHOR deu sabedoria a Salomão, como lhe havia prometido. Havia paz entre Hirão e Salomão, e eles fizeram uma aliança entre si.” (1Rs 5:1-12; 2Cr 2.1-16).

O rei Salomão formou um grupo de trabalhadores forçados[5] dentre todo o Israel, num total de trinta mil homens e Adonirão, filho de Abda, era superintendente deles. (1Rs 5:13; cf. 1Rs 4:6; 5:14).

A partir de então foram preparados os materiais para Templo (1Rs 5:13-18; 2Cr 2.17-18).

Qual foi o Local da construção do Templo de Salomão?

O local escolhido para a construção do Templo foi em Jerusalém, no monte Moriá, onde o SENHOR havia aparecido a Davi, seu pai, lugar que Davi tinha estabelecido na eira de Ornã, o jebuseu (2Cr 3:1; cf. 1Cr 21:16-27).; também chamado de Araúna[6], o jebuseu. (2Sm 24:16-25) que é também o local onde Abraão ofereceu seu filho Isaque em sacrifício ao Senhor (Gn 22:2).

Disse Davi: Aqui, se levantará a Casa do SENHOR Deus e o altar do holocausto para Israel. (1Cr 22:1). Além disso, o próprio Deus havia escolhido Jerusalém, também chamada de Sião (2Cr 6:6; Sl 132:13-14; cf. Dt 12:5,6).

O Templo em Jerusalém, uma Casa para Deus?

Salomão tinha plena consciência de que Deus é muito maior que toda a criação e que; por isso, não poderia habitar em um Templo feito por mãos humanas (2Cr 6:18). Logo, seu objetivo não era fazer o povo acreditar que o Soberano de toda a criação estivesse apenas ali, como disse em Isaías (Is 66:1) e que foi testificado por Estêvão (Atos 7:47-50).

Porém, o objetivo de Davi e Salomão era que todos entendessem que a Casa do Senhor – como era chamado o templo em Jerusalém – era o único local em todo o mundo dedicado ao seu Nome (2Sm 7:13; 1Rs 5:5; 8:17,18,19; cf. 2Cr 2:2; 6:7,8,9;34).

Após abençoar o povo, Salomão ora ao Senhor, lembrando das promessas feitas a Davi, seu pai. Também Salomão demonstra clara noção da grandeza de Deus ao dizer: “— Mas será que, de fato, Deus poderia habitar na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei.” E pede que os olhos do Senhor estejam abertos noite e dia sobre este templo, sobre este lugar do qual disseste: “O meu nome estará ali”[7], para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar. (1Rs 8:22-53; 2Cr 6.12-42)

O próprio Deus fez o projeto do Templo

Pouca gente sabe, mas não foi Davi e muito menos Salomão o arquiteto do Templo do Senhor. A Bíblia diz que foi o próprio Deus quem fez o projeto do Templo tão sonhado por Davi. Davi então, recebeu esse projeto e entregou a Salomão, seu filho, a planta da Casa do Senhor (1Cr 28:10,11,12,18,19). Davi declara ao seu filho: “— Tudo isto me foi dado por escrito por mandado do SENHOR, a saber, todas as obras desta planta.” (1Cr 28:19).

Quando começou a construção do Templo?

Salomão começou a edificar a Casa do SENHOR no quarto ano do seu reinado. Isso aconteceu quatrocentos e oitenta anos depois que os filhos de Israel saíram do Egito. (1Rs 6:1-13; 2Cr 3.1-9). O templo começou a ser edificado no quarto ano do seu reinado, quando foi lançado o fundamento da Casa do SENHOR. E, no décimo primeiro ano, o templo foi concluído com todas as suas dependências, tal como devia ser. Salomão levou sete anos para edificá-lo. (1Rs 6:29-38)

O ouro aplicado no Templo

O Santo dos Santos, que é o local mais sagrado do Templo, foi totalmente coberto de ouro puro! “Por dentro, Salomão revestiu o templo de ouro puro; e fez passar correntes de ouro por dentro do Santo dos Santos, que também havia revestido de ouro. Assim revestiu de ouro todo o interior do templo, e também todo o altar que estava diante do Santo dos Santos.” (1Rs 6:14-22).

No Santo dos Santos, Salomão fez dois querubins que estavam de asas estendidas, de maneira que a asa de um tocava numa parede, e a asa do outro tocava na outra parede; e as suas asas no meio da sala tocavam uma na outra. E cobriu de ouro os querubins. (1Rs 6:23-28; 2Cr 3.10-13).

Também revestiu de ouro o piso, tanto na parte mais interior do templo como na parte exterior. (1Rs 6:30)

O Palácio e as demais casas de Salomão

Salomão construiu o seu palácio e levou treze anos para concluí-lo. Além disso, fez a Casa do Bosque, o Salão das Colunas, a Sala do Trono que é a Sala do Julgamento e “a casa, em que haveria de morar, ele fez em outro pátio, atrás da Sala do Trono, e era uma obra semelhante à anterior. Salomão também fez uma casa semelhante à Sala do Trono para a filha de Faraó, que havia tomado por mulher.” (1Rs 7:1-12). E assim, terminou toda a construção da Casa do SENHOR e o seu próprio palácio em vinte anos (2Cr 8:1)

A importância de outro Hirão, que trabalhava na fundição de metais

“O rei Salomão enviou mensageiros que trouxessem de Tiro um homem chamado Hirão. Ele era filho de uma viúva, da tribo de Naftali, e o pai dele, já falecido, era um homem de Tiro que trabalhava em bronze. Hirão era cheio de sabedoria, de entendimento e de ciência para fazer todo tipo de trabalho em bronze. Ele se apresentou ao rei Salomão e fez toda a sua obra.” (1Rs 7:13-14)

Esse Hirão, fundiu as duas colunas do templo (1Rs 7:15-22; 2Cr 3.15-17), também fez o mar de fundição (1Rs 7:23-26; 2Cr 4.1-5); vários outros utensílios para o templo como: dez suportes de bronze, dez pias de bronze, etc. Todos esses utensílios feitos para a Casa do Senhor eram de bronze polido. O número de utensílios era tão grande que Salomão deixou de verificar o peso do bronze utilizado em todo esse trabalho! (1Rs 7:27-50; 2Cr 4.6-22).

“Salomão também mandou fazer todos os utensílios do Santo Lugar do SENHOR: o altar de ouro e a mesa de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição; os candelabros de ouro finíssimo, cinco à direita e cinco à esquerda, diante do Santo dos Santos; as flores, as lâmpadas e as tesouras de cortar pavios, também de ouro; também as taças, os apagadores, as bacias, os recipientes para incenso e os braseiros, de ouro finíssimo; as dobradiças para as portas da casa interior, que é o Santo dos Santos, e as das portas do Santo Lugar do templo, também de ouro.” (1Rs 7:48-50).

Ao terminar toda a obra que fez para a Casa do SENHOR, o rei Salomão trouxe as coisas que Davi, seu pai, tinha consagrado: a prata, o ouro e os utensílios e pôs tudo isso entre os tesouros da Casa do SENHOR. (1Rs 7:51; 2Cr 5.1)

A consagração do Templo

Salomão congregou todos os homens de Israel e quando todos os anciãos chegaram, os sacerdotes pegaram a arca do Senhor e a levaram para cima, com a tenda do encontro. Somente os sacerdotes e os levitas é que levaram tudo isso para o templo. Nesse tempo, só havia na arca as duas tábuas de pedra que Moisés tinha colocado ali em Horebe, quando o SENHOR fez aliança com os filhos de Israel, ao saírem da terra do Egito.

O rei fez uma oração, e quando acabou de orar, Deus então se mostrou favorável ao seu povo, quando os sacerdotes saíram do santuário, desceu fogo do céu, consumiu o holocausto e os sacrifícios (2Cr 7:1) e uma nuvem encheu a Casa do SENHOR, de maneira que os sacerdotes não puderam permanecer ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR encheu a Casa do SENHOR. (1Rs 8:1-11; 2Cr 5.2-14).

Deus então aceita aquele Templo como local de adoração ao seu Nome e promete responder às orações feitas ali (2Cr 7:15-16).

Enquanto isso, toda a congregação dos filhos de Israel se mantinha em pé, em sinal de reverência ao Senhor; então o rei voltou o rosto e abençoou o povo. (1Rs 8:12-21; 2Cr 6.3-11)

Após terminar sua oração, Salomão abençoou o povo e celebrou a festa de tabernáculos com todo o Israel. A festa durou catorze dias; pois, celebraram sete dias além dos primeiros sete. Era uma grande congregação, desde a entrada de Hamate até o rio do Egito, diante do SENHOR, nosso Deus. (1Rs 8:54-66; 2Cr 7.4-10).

Deus faz um acordo com Salomão

Quando Salomão terminou de edificar a Casa do Senhor e o palácio real e tudo o que tinha decidido construir, o Senhor apareceu pela segunda vez, como tinha aparecido em Gibeão. Deus então confirma que aceitou o Templo e faz promessas condicionais à ele. Se Salomão e seus descendentes fossem fiéis, como foi Davi, então o Senhor abençoaria ainda mais o trono e o povo de Israel. Porém, se eles se afastassem de Deus, então Israel seria levado para fora daquela terra, para longe da presença do Templo do Senhor (1Rs 9:1-9; 2Cr 7.11-22).

As cidades que Salomão deu a Hirão, rei de Tiro

Salomão deu a Hirão, rei de Tiro vinte cidades na região da Galileia, mas ele não se agradou delas e questionou Salomão sobre isso. Hirão, rei de Tiro deu o nome a essas cidades de Terra de Cabul, que em hebraico soa parecido com a palavra que significa sem valor[8]. (1Rs 9:10-28; 2Cr 8.1-18)

A rainha de Sabá visita Salomão

A rainha de Sabá[9] visita a Salomão para o colocar à prova com perguntas difíceis, mas ele respondeu todas as perguntas que ela fez, e não houve nada profundo demais que Salomão não pudesse explicar. Então, a rainha de Sabá ficou como fora de si e confessa que essa sabedoria era muito além do que ela tinha ouvido falar (1Rs 10:1-13; 2Cr 9.1-12).

As riquezas de Salomão

Salomão se tornou tão rico, que superou todos os reis da terra; cumprindo assim o que Deus lhe havia prometido (1Rs 3:13). Sua frota de navios em Eziom-Geber, na praia do mar vermelho, chegaram até Ofir, de onde trouxeram para o rei Salomão mais de catorze toneladas de ouro[10]. A cada três anos, seus navios iam para Társis e traziam ouro, prata, marfim, bugios e pavões. (1Rs 10:22)

Ele dominava sobre todos os reis desde o Eufrates até a terra dos filisteus e até a fronteira do Egito. Todos os reis da Arábia e os governantes dessa mesma terra traziam a Salomão ouro e prata.

Além de vários outros tipos de riquezas, Salomão tinha quatro mil cavalos que importava do Egito e de todas as terras. Em seu tempo, a prata era tão comum em Jerusalém quanto as pedras (1Rs 10:27; 2Cr 1:15; 9:27) e o peso do ouro que se trazia a Salomão era de cerca de vinte e três toneladas por ano!

Esse verso chama a atenção para a grande quantidade de ouro chegar ao ponto de a prata não ter mais valor em Jerusalém: “Todas as taças que o rei Salomão usava para beber eram de ouro, e também de ouro puro eram todos os objetos da Casa do Bosque do Líbano. Não havia nada de prata, porque nos dias de Salomão não se dava nenhum valor a ela.” (1Rs 10:21)

A Bíblia diz que o rei Salomão superou a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria. (1Rs 10:23). Todos os anos pessoas de todo o mundo queriam ir ter com Salomão para ouvir a sabedoria que Deus tinha posto no coração dele. Cada um trazia o seu presente: objetos de prata e de ouro, roupas, armaduras, especiarias, cavalos e mulas. (1Rs 10:14-29; 2Cr 1.14-17; 9.13-28).

A idolatria de Salomão

Como diz o provérbio popular: “Nem tudo que reluz é ouro!” Salomão é uma das maiores provas de que é possível uma pessoa receber dons de Deus e usá-los de forma errada!

Embora tenha reconhecidamente recebido sabedoria da parte de Deus para julgar e governar o povo; Salomão não agiu com sabedoria em sua vida particular. Veja esse trecho na íntegra, sobre a idolatria de Salomão:

Além da filha de Faraó, Salomão amou muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e heteias, mulheres das nações de que o SENHOR tinha dito aos filhos de Israel: “Não casem com elas, nem casem elas com vocês, pois perverteriam o coração de vocês, para seguirem os seus deuses.[11]” A estas Salomão se apegou pelo amor. Tinha setecentas mulheres que eram princesas e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.

Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses, e o coração dele não era fiel ao SENHOR, seu Deus, como havia sido fiel o coração de Davi, seu pai. Salomão seguiu Astarote, deusa dos sidônios, e Milcom, abominação dos amonitas. Assim, Salomão fez o que era mau aos olhos do SENHOR e não perseverou em seguir o SENHOR, como Davi, seu pai, havia feito. Nesse tempo, sobre o monte que fica diante de Jerusalém, Salomão construiu um santuário a Quemos, abominação de Moabe, e a Moloque, abominação dos filhos de Amom. Assim fez para todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e ofereciam sacrifícios aos seus deuses. – (1Rs 11:1-8, NAA)

Vários deveres de um rei que Salomão não cumpriu

O motivo de sua idolatria foi se desviar de obedecer a Deus por dar ouvidos às mulheres estrangeiras que ainda estavam apegadas aos seus falsos deuses. Dentre as obrigações de um rei, estava a proibição de multiplicar cavalos para si, principalmente buscar cavalos no Egito; além disso, era proibido ao rei multiplicar mulheres (para que seu coração não se desviasse do Senhor, exatamente como aconteceu com Salomão); também era proibido ao rei multiplicar muito seu tesouro particular (isso não o proibia de prosperar abundantemente o reino; mas apenas seu tesouro pessoal).

Para se manter íntegro, deveria escrever para si uma cópia do livro da Lei que ficava diante dos levitas sacerdotes e ler todos os dias para cumprir os mandamentos do Senhor. (Dt 17:14-20). Mas Salomão parece ter abandonado a Lei de Deus em sua velhice. Sua sabedoria não substituiu o temor a Deus. Isso nos mostra que nenhum dom é mais importante que a obediência ao Senhor!

A mulheres de Salomão

A Bíblia não dá muitos detalhes sobre as mulheres de Salomão. A primeira mulher citada como sua esposa foi a filha do Faraó, rei do Egito (1Rs 3:1;7:8) e ao que tudo indica, essa princesa do Egito era filha da rainha Tafnes (1Rs 11:20). Faraó, rei do Egito, deu a cidade de Gezer, como dote à sua filha, mulher de Salomão. (1Rs 9:16).

Mas, sabemos que, “além da filha de Faraó, Salomão amou muitas mulheres estrangeiras” (1Rs 11:1) e que “tinha setecentas mulheres que eram princesas e trezentas concubinas” (1Rs 11:3).

É provável que ele tenha se casado também com Abisague, a sunamita[12], uma vez que o fato de Adonias pedi-la em casamento foi o pivô de sua morte (1Rs 1:3,15; 2:17,22,23).

Em Cantares de Salomão, há uma mulher descrita como Sulamita, que significa “a perfeita”[13] (Atenção para não confundir com o termo sunamita – de Suném – veja as notas sobre ambos os termos abaixo do texto).

Quem foram os filhos de Salomão?

Aqui temos uma curiosidade: Embora a Bíblia faça menção às várias mulheres de Salomão, nenhum dos seus filhos são citados nominalmente a não ser Roboão. E, foi justamente uma dessas mulheres que deu a luz a esse descendente de Salomão que assumiu o reino: “A mãe de Roboão se chamava Naamá, e era amonita.” (1Rs 14:21,31; 2Cr 12:13).

A ira de Deus contra Salomão

Apesar de Deus ter aparecido a Salomão por duas vezes, o rei havia desprezado ao Senhor para seguir aos deuses estranhos. Então o Senhor prometeu que sua linhagem não mais dominaria sobre todo o Israel, mas que, tiraria dez tribos e daria a um dos servos de Salomão. Esse foi Jeroboão, filho de Nebate. Contudo, por amor a Davi e a Jerusalém, manteria sob domínio dos seus descendentes apenas uma tribo; essa é a tribo de Benjamim que é onde fica a cidade de Jerusalém (1Rs 11:9-13), além da própria tribo de Judá (tribo de Davi) que era fiel à Casa de Davi.

Deus levantou vários adversários contra Salomão

Como todo pecado tem sua consequência, o próprio Deus levantou inimigos contra Salomão (1Rs 11:14-26). Um deles foi Hadade, o edomita, que era da linhagem real de Edom; outro foi Rezom, filho de Eliada, ele detestava Israel e; por fim, também Jeroboão, filho de Nebate, efraimita de Zereda, servo de Salomão, e cuja mãe era uma viúva chamada Zerua, revoltou-se contra o rei.

O profeta Aías revela a Jeroboão que ele reinará sobre dez tribos de Israel. Salomão tentou matar Jeroboão, mas ele fugiu para o Egito e ficou com Sisaque, rei do Egito até a morte de Salomão (1Rs 11:26-40).

A morte de Salomão

Até aqui, muita coisa foi dita sobre esse famoso rei desde o seu nascimento até sua morte (1Rs 11:41-43; 2Cr 9.29-31). Porém, Salomão fez muitas coisas que não ficaram registradas no texto sagrado. Na verdade, não estão registradas porque não têm a menor importância profética. Contudo, as Escrituras dizem que os demais detalhes sobre a vida de Salomão ficaram registrados no Livro da História de Salomão (1Rs 11:41), no Livro da História de Natã, o profeta, e na Profecia de Aías, o silonita, e nas Visões de Ido, o vidente, a respeito de Jeroboão, filho de Nebate (2Cr 9:29). Todos esses livros existiam na época e poderiam ser consultados pelos leitores dos livros dos reis e das crônicas, quando foram escritos.

Os textos sagrados e outros detalhes de Salomão

Além dos livros de Provérbios, Eclesiastes e Cantares, Salomão também compôs os Salmos 72 e 127.

Vale lembrar que os capítulos 30 e 31 de provérbios são, respectivamente, de Agur, filho de Jaque, de Massá e as palavras do rei Lemuel, de Massá, que sua mãe lhe ensinou.

Salomão reinou até morrer, por isso, Eclesiastes se inicia com uma expressão que indica que ele ainda reinava quando escreveu esse livro: “palavras do Pregador, filho de Davi, rei de Jerusalém” (Ec 1:1) e “Eu, o Pregador, venho sendo[14] rei de Israel, em Jerusalém.” (Ec 1:12). Logo à frente Salomão aconselha aos jovens a lembrarem do seu Criador nos dias da sua mocidade antes que chegasse à velhice. (Ec 12:1). Isso pode indicar que ele ainda era um homem de meia-idade quando escreveu esse livro.

Alguns sugerem que, ao compor Eclesiastes, o rei Salomão já era velho. Mas, pouco antes da morte de Salomão, nos é dito que, em sua velhice “suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses” (1Rs 11:4).

O destino de Salomão

Muito tempo depois de sua morte, quando Neemias estava condenando o casamento com as mulheres estrangeiras ele faz menção de Salomão como aquele que caiu no pecado:

“Não foi por causa disto que Salomão, rei de Israel, pecou? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele. Era amado por seu Deus, e Deus o colocou como rei sobre todo o Israel. Mas as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado.” (Neemias 13:26)

Portanto, não temos nas Escrituras um trecho que indique algum arrependimento final de Salomão. Diferente do que acontece com Davi, seu pai, não há algum elogio a Salomão após sua morte em relação à sua conduta com o Senhor. E, embora ele tenha recebido dons de Deus e até tenha escrito livros e composto milhares de provérbios de sabedoria; o fato de ter sido inspirado em algum período de sua vida, não o isentou da culpa pela enorme idolatria em que se afundou.

Ao que parece, Salomão se encaixa bem no texto de Hebreus 6:4-6 quando, mesmo depois de ter sido inspirado pelo Espírito Santo, abandonou ao Senhor e dedicou sua vida aos falsos deuses Astarote, Milcom, Quemos, Moloque, etc. Uma vez que, cada um desses falsos deuses, carregavam por trás de seus templos, altares e estátuas muitas doutrinas de demônios como explicado pelo apóstolo Paulo (1Coríntios 10:20,21; cf. 1Tm 4:1; Ap 9:20)[15].

Fica uma importante lição para nós…


Notas de Rodapé

[1] Os quatro filhos de Davi com Bate-Seba são: Simeia (também chamado “Samua”), Sobabe, Natã e Salomão (1Cr 3:5; cf. 2Sm 5:14; 1 Cr 14:4).

[2] Todas as citações bíblicas contidas nessa obra são da versão NAA – Nova Almeida Atualizada[2] (2017), a menos que outra seja especificamente mencionada.

[3] O termo hebraicoקָטָן  qatan, significa: jovem, pequeno, insignificante, sem importância; pequeno; insignificante. – cf. STRONG h6996

[4] Aqui é dito que, em todo o tempo de Salomão: “Judá e Israel habitavam seguros, cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira” (1R 4:25). Mais à frente, esse fato será lembrado pelos profetas Miquéias e Zacarias, que mencionaram a restauração do povo do Senhor por meio do Messias, se referindo à profunda paz e amor entre os filhos de Deus, usando essa mesma expressão, onde diz que “cada um se assentará debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira” e que “cada um de vós convidará ao seu próximo para debaixo da vide e para debaixo da figueira.” (cf. Mq 4:4 e Zc 3:10)

[5] Na lei da guerra, Moisés havia dito que não deveriam matar os que se rendessem em uma cidade, mas poderiam viver como servos entre eles: “— Quando vocês se aproximarem de uma cidade para lutar contra ela, apresentem-lhe primeiro uma proposta de paz. Se a resposta é de paz, e os moradores abrirem os portões, todos os que estiverem na cidade serão sujeitos a trabalhos forçados e passarão a servir vocês.” Dt 20:10-11). Josué, vai cumprir essa legislação entre os cananeus (cf. Js 16:10; 17:13). No tempo dos Juízes, vemos essa lei sendo aplicada entre as tribos de Israel com os cananeus em vários territórios (cf. Jz 1:28,30,33,35). Davi tinha alguns desses, como por exemplo “Adorão, dos que estavam sujeitos a trabalhos forçados” (2Sm 20:24). Com Salomão, “Adonirão, filho de Abda, era superintendente dos que realizavam trabalhos forçados.” (1Rs 4:6; 5:14). “A razão por que Salomão impôs o trabalho forçado é esta: construir a Casa do SENHOR, o seu próprio palácio, a fortaleza de Milo e a muralha de Jerusalém, bem como Hazor, Megido e Gezer… Quanto a todo o povo que restou dos amorreus, heteus, ferezeus, heveus e jebuseus e que não eram dos filhos de Israel, e aos seus filhos, que restaram depois deles na terra, os quais os filhos de Israel não puderam destruir totalmente, esses Salomão reduziu à condição de trabalhadores forçados, até hoje. Mas Salomão não obrigou nenhum israelita a trabalhar como escravo.” (1Rs 9:15,20,21,22; cf. 2Cr 8:8) pois era proibido pela Lei de Moisés (Lv 25:39-43) e, por isso, Neemias repreendeu alguns judeus que retornaram da Babilônia com essa prática (Ne 5:1-12). Após a morte de Salomão, seu filho Roboão começou a reinar em Israel. Havendo uma divergência com o povo, pois preferiu ouvir os conselhos de seus amigos mais jovens e não sabendo lidar com a situação, Roboão enviou o experiente “Adonirão, superintendente dos que realizavam trabalhos forçados, porém os filhos de Israel o apedrejaram, e ele morreu.” (2Cr 10:18).

[6] Ornã ou Araúna: ’Aravnah ou (por transposição) אורנה ’Ôrnah ou ארניה ’Arniyah todos são variação ortográfica de ארננּ ’Ornan. – cf. STRONG h0728

[7] Salomão cita aqui a profecia de Moisés em Deuteronômio 12.11

[8] [Nota de Rodapé] da BÍBLIA SAGRADA. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017, pág. 489.

[9] A rainha de Sabá é também chamada de “rainha do Sul” por Cristo (cf. Mt 12:42; Lc 11:31). Sabá era um descendente de Cuxe. Cuxe deu origem à Etiópia (Gn 10:7) e, de acordo com o dicionário STRONG (ref. h7614), Sabá se tornou uma nação no sul da Arábia. Salomão cita Sabá no Salmo 72, versos 10 e 15. No livro de Jó, os sabeus, que eram os homens de Sabá, mataram os bois e jumentas e levaram tudo. Além disso, eles mataram os servos de Jó (Jó 1:14,15).

[10] Tempos depois, um descendente de Salomão chamado Josafá, rei de Judá, construiu uma frota de navios para buscar ouro em Ofir, mas nunca o trouxeram, pois eles naufragaram em Eziom-Geber (1 Reis 22:48).

[11] Essa proibição de o rei se casar com mulheres estrangeiras está em Deuteronômio 17:17 (cf. Dt 23:6) e foi lembrada por Neemias 13:23-29. Isso já tinha acontecido antes com os israelitas, quando estavam acampados em Sitim. Ali, os israelitas se envolveram com as mulheres moabitas e acabaram prestando culto a Baal-Peor, isso gerou grande ira de Deus contra Israel (Nm 25:1-18; cf. Nm 31:16; Ap 3:14).

[12] O termo sunamita se refere a uma pessoa de Suném, uma cidade que fica ao sul do monte Tabor no território da tribo de Issacar (Js 19:18).

[13] Sulamita, de acordo com STRONG (h7759) significa “a perfeita”.

[14] Algumas versões dizem “fui rei”.

[15] A adoração a Moloque exigia que os devotos dessa divindade pagã queimassem seus filhos e, por isso era uma das mais detestáveis diante do Senhor que exigia a pena de morte daquele que oferecesse seus filhos em sacrifício (cf. Levítico 20:1-5). Não é dito que Salomão chegou a oferecer algum de seus filhos; contudo, ele certamente foi responsável pela morte de crianças nesses rituais satânicos. Bem antes disso, os israelitas já haviam aprendido essas práticas abomináveis no Egito (cf. Lv 17:40) e Moisés os denuncia no deserto, pouco antes de entrarem em Canaã, dizendo: “Com deuses estranhos eles provocaram ciúmes, com abominações o irritaram. Ofereceram sacrifícios aos demônios, não a Deus; sacrificaram a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, diante dos quais os seus pais não tremeram.” (Deuteronômio 32:16-17). Também lemos no Salmo 106 que os israelitas: “… se mesclaram com as nações e aprenderam os seus costumes. Adoraram os seus ídolos, os quais se tornaram armadilha para eles. Sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios. Derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e filhas, que sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi contaminada com sangue. Assim se contaminaram com as suas obras e se prostituíram nos seus feitos.” (Salmos 106:35-39).

Deus te abençoe!

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Bibliografia

BÍBLIA SAGRADA. Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

STRONG, J. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

Escrito por
Pr. Felipe Morais
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