Fé, o caminho

Add comentário24 de junho de 20224 min de leitura

Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele. Colossenses 2:6

Caminhamos debaixo de uma certeza, uma convicção numa realidade ainda não consumada que tem um ponto de partida, uma largada e a consumação aponta para uma chegada.

Esse espaço entre o “vem a hora … e já chegou” é uma interação dinâmica entre essa certeza e convicção, e a esperança! Ou seja, o ato contínuo de esperar essa certeza é que se conhece por caminho.

Abraão é o pai da fé, e não por acaso. Ele começou essa jornada, foi o primeiro homem a deixar sua terra natal e cruzar as águas para entrar nesse caminho. Gerações mais tarde, nessa mesma fé, toda uma nação também começa um êxodo com a libertação da escravidão, cruzando também as águas, agora do mar vermelho, mas o que eles encontraram do outro lado foi um caminho antes do destino, quarenta anos de caminho.

Eclesiastes fala que todo propósito tem seu tempo e modo, e talvez quando você começou essa jornada, quando passou pelas águas do batismo, esperava sua própria versão de tempo e modo, e não a de Deus. Esse caminho é de glória em glória, de fé em fé! Persevere!

Assim é muito importante alinharmos as expectativas, para calcular bem nossa construção e não ficarmos com ela inacabada, para entender que esse caminho está mais para uma maratona que para uma corrida de 100 metros rasos. É um processo que progride, se completa, é fortalecido.

É preciso tomar cuidado pois medo, riquezas, falsas doutrinas e incredulidade podem fazer com que você naufrague na fé

Quando venha o filho do homem achará fé na terra? Isso nos dá uma dica que provavelmente será algo escasso nos últimos dias, assim se você quiser estocar algo para enfrentar esse período, estoque fé, pois é mais preciosa que o ouro.

Esse caminho é de temor a Deus, e ele nos fala para sermos fortes e corajosos, lutar e enfrentar, não se trata apenas do destino, ele nos dará a terra por onde peregrinarmos, onde pisarmos será terra santa. Apesar de entender que a cereja do bolo está no final, não devemos transferir toda a expectativa para o fim, pois as escrituras nos confrontam sempre a ser esse lugar antes de chegar ao lugar, Paulo fala para nos apresentarmos como se já tivéssemos ressuscitados, pois recebemos poder para isso, ainda que uma amostra do que será na glorificação.

Esse processo forja em nós uma nova mente, deixa de ter os moldes dessa era presente e passa a ter os moldes de uma era futura. É uma prova de tempo, onde o Senhor vai te desmontando para montar do jeito dele, pro seu próprio bem. A alegria desse caminho é a igreja, a comunidade dos santos que coopera entre si para a permanência nesse caminho, levando as cargas uns dos outros.

E qual é a promessa e esperança que temos? O que estamos perseguindo? Por que mantemos a fé em meio as provas? É necessário revelação, Abraão viu … e creu. Paulo em suas cartas sempre apela a oração, para que os santos tivessem revelação do chamado, propósito e herança … largura, altura e profundidade! Para que conhecessem, e assim também rogo por você! Que o Senhor te traga essa revelação!

A fé não é em algo, está fundamentada em Cristo obviamente, e toda sua vida e obra, mas a ressurreição dos mortos é a base de nossa fé, ainda que a morte e todos os seus medos, é o que tenta nos paralisar, sabemos que Jesus já venceu a morte, e se ele chegou lá, por meio dele também chegaremos, pois existe um amor mais ciumento que a morte, que nem as muitas águas podem vencê-lo.

Enfim a consumação da vitória, salvação e o descanso da jornada.