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  • A Mulher Cristã – A maternidade [Pt. 8/10]

    A paz do Senhor Jesus! Esta é a Parte 8 de uma série de estudos a respeito do comportamento da mulher cristã . Pt. 1 – Introdução (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-introducao-pt-1-10/ ) Pt. 2 – Rotina devocional (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-rotina-devocional-pt-2-10/ ) Pt. 3 – O coração (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-o-coracao-pt-3-10/ ) Pt. 4 – As palavras (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-as-palavras-pt-4-10/ ) Pt. 5 – As vestes (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-as-vestes-pt-5-10/ ) Pt. 6 – A solteira (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-solteira-pt-6-10/ ) Pt 7 – A esposa (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-esposa-pt-7-10/ ) Pt. 8 – A maternidade O que a Bíblia ensina para as mães? O que podemos aprender sobre a maternidade? Este estudo será dividido em tópicos: BÊNÇÃOS RESPONSABILIDADES DIFICULDADES E SACRIFÍCIOS RENOVO ESPERANÇA BÊNÇÃOS Bom, primeiro gostaria de destacar algo muito importante: a maternidade é um presente de Deus. A própria Bíblia nos diz que é uma recompensa do Senhor, uma herança. Salmos 127:3 Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. É importante ressaltar isto, pois o feminismo tem tentado deturpar o significado da maternidade, convencendo muitas mulheres de que a maternidade é um peso e uma maldição. Mas nós, mulheres cristãs, acreditamos apenas naquilo que Deus diz, e Deus diz que é bom. É herança. É recompensa. É bênção . Você já parou para pensar nos frutos da maternidade? Ao ensinar a Palavra de Deus para os seus filhos você formará discípulos de Jesus. Aleluia! E o(s) seu(s) filho(s) ensinarão outros, que ensinarão outros e outros. São gerações transformadas. Gerações salvas. Glória a Deus. Quando se sentir cansada, lembre-se dos frutos. Lembre-se destas passagens bíblicas: Salmo 126:5-6 Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão . Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes. Tiago 5:20 Saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados. Filhos são bênçãos do Senhor! RESPONSABILIDADES Assim como as demais áreas ou funções da vida, a mãe também possui responsabilidades dadas pelo próprio Deus. Vamos ver o que a Bíblia diz. Educar Provérbios 22:6 Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. A mãe (sabemos que o pai também) deve ensinar o caminho certo para o seu filho. Sabemos que este caminho é Jesus. Por isso a mãe cristã deve ensinar o seu filho a ler a Bíblia, orar, buscar a Deus. Corrigir Provérbios 22:15 A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela. A Bíblia diz que o filho deve ser corrigido com vara. Certamente não se trata de violência exagerada, mas é evidente que é necessária uma correção com equilíbrio. Infelizmente o que vemos hoje são pais que fazem tudo o que os filhos querem e estes nunca são corrigidos. Isto não está em conformidade com o padrão Bíblico. Ser exemplar Provérbios 31:28-29 " Seus filhos se levantam e a elogiam , seu marido também a elogia, dizendo: 'Muitas mulheres são exemplares , mas você a todas supera'". A Bíblia diz que a mulher virtuosa é elogiada pelos filhos. Isto porque ela tem um comportamento exemplar. Lembre-se de que você é um espelho para os seus filhos. Reflita: eles imitarão a Cristo se te imitarem? Algumas mães querem que os filhos orem, mas elas nunca oram. Querem que os filhos leiam a Bíblia, mas elas nunca leem. Desejamos comportamentos exemplares nos nossos filhos, mas nós mesmas não damos exemplo. Muitas vezes queremos muitas coisas dos outros, mas não oferecemos e nem somos tudo aquilo. Precisamos plantar para colher. Certamente os pais (homens) também possuem suas responsabilidades, mas algo que tenho reforçado aqui é que precisamos olhar mais para nós mesmas, nossas falhas, nossos erros . Muitas vezes focamos tanto no erro dos outros e ficamos aqui sem notar os nossos. Precisamos ter uma consciência maior do nosso comportamento, para poder nos arrepender e mudar as nossas atitudes. Por isso, pare um pouco e reflita : que exemplo você tem dado ao seu(s) filho(s)? Você quer que ele tenha a vida de oração que você tem? Você pode melhorar em algo? Em que pode melhorar? Tente ser específica e peça a ajuda do Senhor, em seu particular com Ele. Assim como você deseja ter um filho que serve ao Senhor, Deus também deseja ter filhos que o sirvam da melhor forma e o obedeçam. Somos filhas de Deus. E então…somos exemplares? DIFICULDADES E SACRIFÍCIOS A maternidade é um mar de sacrifícios, não é verdade? Apesar de ainda não ser mãe na data que escrevo, sei que há muitas dificuldades. Dificuldades Gerais A mãe renuncia a muitas coisas pelo filho. Desde o momento da gestação, muitas mulheres passam por momentos difíceis. Enjoos, dietas, dores. No momento do nascimento, a dor do parto. Depois, o pós-parto. Privação de sono, desafios da amamentação, e somado a tudo isso tem a parte emocional que também é atingida. Sabemos que existem muitas mães que não têm nenhum tipo de apoio, e precisam cuidar sozinhas dos seus filhos. Ao pensar na maternidade, sempre me lembro de Jesus, pois o amor dEle é sacrificial . Ele esvaziou a si mesmo, se despiu de toda a sua glória, se fez servo para morrer como homem na cruz. Morreu por nós, seres humanos pecadores. E você, mãe, tem tido a oportunidade de viver o amor sacrificial por meio da maternidade. É algo que produz santificação em sua vida, pois quando você renuncia a tantas coisas em prol do outro, você está vivenciando o “servir”. E servir foi o que Jesus mais nos ensinou, sendo Ele o nosso maior exemplo. Certamente Jesus quer que a gente entenda bem o que é servir, pois não é fácil. Talvez você não esteja servindo da melhor forma, talvez esteja servindo com amargura, mas peça a Deus para te ensinar. Jesus sabe muito bem que o nosso coração é tendencioso a reclamar, a não querer servir, a querer apenas ser servido. Ele sabe, e foi por isso que Ele nos deixou exemplo. É muito importante nos lembrarmos de como Jesus sofreu. Cuspiram nele (Mateus 26:67). Ele passou por afrontas e muita dor. Mas Ele foi até o fim para cumprir o seu propósito. E não abriu a boca para reclamar . Nossa. Quando penso em Jesus me sinto constrangida por tantas vezes que reclamo. Que Deus nos perdoe pelos nossos pecados. Precisamos entender que podemos sim ser moldadas pelo Espírito Santo. Parece impossível quando fixamos o olhar em nossas fraquezas, mas Deus pode sim nos transformar. Podemos ser mulheres que servem com um espírito doce e alegre. Deus tem o poder para fazer isso. Só precisamos abrir o nosso coração para a correção e deixar o oleiro nos tratar. Sobre os filhos que estão longe dos caminhos do Senhor Uma das dificuldades enfrentada por muitas mães é a aflição de ter filhos que estão longe de Jesus . Imagino que muitas vezes você se sinta triste, talvez faça anos que você tem orado, mas não desista. Desejo que o Senhor renove hoje as suas esperanças. A Bíblia nos conta uma parábola muito linda sobre o poder da insistência. Veja: Lucas 18:2-7 Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava com os homens. E havia naquela cidade uma viúva que se dirigia continuamente a ele , suplicando-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’. " Por algum tempo ele se recusou . Mas finalmente disse a si mesmo: ‘Embora eu não tema a Deus e nem me importe com os homens, esta viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça para que ela não venha me importunar’ ". E o Senhor continuou: "Ouçam o que diz o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele dia e noite? Continuará fazendo-os esperar? RENOVO Imagino como muitas de vocês, mães, têm se sentido exaustas , sem ajuda, com autoestima baixa, com medo, aflitas, inseguras. Tantos sentimentos ao mesmo tempo. Tantas preocupações. Mas quero te dizer que você tem um Pai…e sabe como o seu Pai é? Ele é amoroso, Ele é Todo-Poderoso, Ele é consolador, Ele restaura os cansados, Ele dá força aos fracos, Ele é a fonte de tudo o que você necessita. Ele sabe da sua dor, Ele pode te ajudar. Chore para Ele, chore aos pés dEle, busque forças nEle. Ele irá te renovar! O cansaço nesta terra sempre irá existir, mas temos um Pai que renova as nossas forças para continuarmos a caminhada. Fique firme, Deus tem visto o seu esforço e o seu trabalho! E Ele te ajudará, pois Ele sempre ajuda as suas servas que temem a Ele e o buscam de todo o coração. 2 Crônicas 12:7 Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa . Isaías 40:29 Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças . ESPERANÇA Não poderia finalizar este estudo sem deixar uma mensagem para as mulheres que sonham com a maternidade e por algum motivo não têm conseguido engravidar. Sabemos que Deus é poderoso, e Ele é o dono da vida. Salmos 113:9 Faz com que a mulher estéril habite em casa, e seja alegre mãe de filhos . Louvai ao Senhor. Deus pode realizar este milagre em sua vida. Ele sabe da sua dor, da sua espera, da sua idade. Ele sabe de todas as coisas. Que Deus te ajude sempre a suportar a espera, e nunca desista de confiar no Senhor. Ele faz milagres! O intuito dos estudos é que você fixe no seu coração os princípios bíblicos. Sabemos que cada uma vive realidades completamente diferentes. Existem muitas dificuldades que não foram mencionadas aqui. Mas o que importa é que o nosso coração esteja em conformidade com a Palavra, independentemente dos desafios que enfrentamos. Deus abençoe a sua vida! * O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do site Curso Bíblico Online . ➤ Estude TEOLOGIA com a gente: TEOLOGIA SISTEMÁTICA (Curso Completo) https://www.cursobiblicoonline.com.br/teologia/ #maternidade #filho #filhos #mães #mulheres #mãe

  • A Mulher Cristã – O trabalho (no lar ou fora) [Pt. 9/10]

    A paz do Senhor Jesus! Esta é a Parte 9 de uma série de estudos a respeito do comportamento da mulher cristã . Pt. 1 – Introdução (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-introducao-pt-1-10/ ) Pt. 2 – Rotina devocional (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-rotina-devocional-pt-2-10/ ) Pt. 3 – O coração (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-o-coracao-pt-3-10/ ) Pt. 4 – As palavras (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-as-palavras-pt-4-10/ ) Pt. 5 – As vestes (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-as-vestes-pt-5-10/ ) Pt. 6 – A solteira (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-solteira-pt-6-10/ ) Pt 7 – A esposa (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-esposa-pt-7-10/ ) Pt. 8 – A maternidade (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-maternidade-pt-8-10/ ) Pt. 9 – O trabalho (no lar ou fora) Iremos estudar sobre o trabalho. Qual deve ser o nosso comportamento no trabalho? O que a Bíblia diz sobre isso? Para facilitar, irei dividir este estudo em dois tópicos: TRABALHO FORA DO LAR TRABALHO NO LAR TRABALHO FORA DO LAR Deus estabeleceu regras de como devemos nos comportar em relação às pessoas com quem trabalhamos. Sabemos que existem hierarquias em uma empresa, e é muito interessante o que a Bíblia ensina sobre isso. Vejamos: Orientação aos servos Efésios 6:5-8 Vós, servos , obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo; a vontade de Deus; Servindo de boa vontade como ao Senhor , e não como aos homens. Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. Colossenses 3:22 Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência , como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração , temendo a Deus. A primeira coisa que aprendemos aqui é que devemos fazer como se fosse ao próprio Senhor Jesus. Precisamos ter isto em mente quando o nosso chefe nos pede algo. Temos que executar como se fosse o próprio Jesus nos pedindo, não com raiva, não com ódio, mas com sinceridade de coração . Veja que Deus não quer que a gente simplesmente faça, Ele quer que faça com sinceridade, como ao Senhor. Não é só executar, é mais do que isso, é fazer com um coração reto . Agora, observem o que Pedro diz: 1 Pedro 2:18-23 Vós, servos , sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. Porque é coisa agradável , que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos , padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Vejam, devemos nos sujeitar também aos senhores maus . Veja como isso é profundo. Ele cita o próprio Cristo como exemplo. Muitas vezes nós mulheres queremos nos submeter só a quem nos trata bem, quem valoriza o nosso trabalho, mas a Bíblia diz que devemos nos submeter também a quem nos trata mal, assim como Jesus suportou para cumprir a vontade de Deus. Cuspiram em Jesus, mas Ele não revidou. Com certeza não é fácil viver esse tipo de sujeição, nós achamos que é muita humilhação e que não é a vontade de Deus que alguém passe por isso. Mas não importa o que nós achamos, a Bíblia diz claramente que devemos nos sujeitar aos maus. É claro que não vamos obedecer a uma ordem que esteja contra a Palavra de Deus, que nos faça negar a Cristo. Jamais! A Bíblia está dizendo que temos que nos sujeitar mesmo que nos maltratem, e não quando nos pedem algo que vai contra a Palavra. Orientação aos senhores Efésios 6:9 E vós, senhores , fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças , sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu, e que para com ele não há acepção de pessoas. Colossenses 3:25 Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer ; pois não há acepção de pessoas. Os chefes não devem ficar ameaçando os seus subordinados. Paulo faz questão de nos lembrar que Deus está no céu, e Ele vê todas as coisas. Deus não faz acepção de pessoas e, por isso, você como chefe não deve fazer também. TRABALHO NO LAR A responsabilidade Cuidar do lar é responsabilidade da mulher. Veja o que a Bíblia diz: Tito 2:4,5 Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, A serem moderadas, castas, boas donas de casa , sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada. Você não vai encontrar a Bíblia dizendo que os homens devem ser “bons donos de casa” . Esse papel é da mulher. Entenda isso: Deus estabeleceu os papéis conforme a boa e perfeita vontade dEle. Se você não concorda, não importa, pois foi Deus quem estabeleceu assim. Mas porque temos dificuldade com isto? Porque não temos um coração que se humilha como o de Cristo . Era justo terem cuspido em Jesus? Não era, mas Ele não abriu a boca. Ele não reclamou . E nós não queremos nos humilhar e nem fazer nada que nos soa “injusto”. Nosso coração precisa ser moldado para suportarmos humilhações e aprendermos a servir com um coração como o de Cristo. Precisamos orar mais e nos santificar mais. A falta de reconhecimento As mulheres que trabalham fora recebem o seu salário no final do mês, algumas são elogiadas e reconhecidas no trabalho, e a sociedade as considera como “mulheres empoderadas”. Mas as mulheres que são donas de casa muitas vezes recebem da sociedade um olhar de piedade, como se elas estivessem fora da caixinha do “sucesso”. Muitas pessoas sentem pena delas, como se o seu trabalho não tivesse nenhum valor. Bom, ainda que você não receba um salário por cuidar da casa e dos filhos, e ninguém a elogie por isso, lembre-se desta Palavra: Colossenses 3:17.23.24 E quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. A sua recompensa virá do Senhor. O mundo não vê, não valoriza, não elogia, mas Deus está vendo você lavando a louça, limpando o chão, trocando fraldas, fazendo comida, e ninguém parando para agradecer por isto. Deus está vendo. Este é o trabalho mais difícil. O trabalho invisível. O trabalho que você faz e você precisa confiar no Senhor. A Bíblia diz que é a Ele que você está servindo. Esse trabalho é o mais difícil e o mais precioso porque trabalha a humildade no nosso coração. Nós temos que nos humilhar, renunciar ao status, ao dinheiro, ao reconhecimento da sociedade. E isto nos leva a ter um coração mais parecido com o de JESUS CRISTO. Aleluia! O abandono do lar O movimento feminista conseguiu convencer as mulheres a abandonarem os seus lares e deixarem os seus filhos aos cuidados de outros. Talvez você esteja pensando: “mas eu não tenho opção, eu preciso trabalhar, não há como sustentar a casa sem o meu trabalho”. Veja, não estou aqui negando a necessidade e a dificuldade de cada mulher. Estou aqui ensinando que Deus estabeleceu um padrão que foi bagunçado pela sociedade por causa do pecado. Precisamos separar as coisas: a realidade como ela é e como Deus quer que seja. Deus estabeleceu trabalhos diferentes para o homem e para a mulher. A mulher cuida dos filhos e da casa enquanto o marido trabalha fora para sustentar o lar. Mas o pecado causou uma bagunça em tudo isso. Entenda que a realidade que vemos hoje não é a vontade de Deus. Outra questão que precisamos reforçar: há mulheres que tem a opção de ficar em casa cuidando dos filhos, mas não fazem isto. Mas o que tem feito estas mulheres preferirem uma vida mais confortável longe dos filhos a uma vida mais simples cuidando da casa e dos filhos? Será que há ali um coração que anseia por status, reconhecimento, “empoderamento”? Não estou aqui tentando simplificar, sei que a realidade não é fácil. Mas precisamos parar para pensar. Precisamos avaliar a nossa vida, nossas necessidades, nosso coração. O intuito desse estudo não é que você tome decisões precipitadas. O objetivo é que você coloque tudo em oração diante de Deus e esteja disposta a fazer o que Ele quer. Você tem a sua realidade e as suas dificuldades. Fale com Ele sobre os seus medos, suas falhas, seus sonhos, sobre TUDO . Se você tem passado por dificuldades financeiras, por exemplo, pergunte a Ele se teria algum trabalho que você conseguiria conciliar com seu papel de mãe. Peça a Ele. Insista em oração. Precisamos criar o hábito de conversar com Deus, perguntar a Ele. Ele é nosso PAI e só quer o nosso bem! Precisamos parar para ouvir a voz dEle nos conduzindo. Vá para a presença Dele. Certamente o trabalho, no lar ou fora dele, é cheio de desafios. E hoje aprendemos sobre o comportamento que uma mulher cristã deve ter em relação ao seu lar, aos chefes, aos subordinados. Que Deus fale ao seu coração, como tem falado ao meu, que Ele nos perdoe pelas nossas falhas e nos ajude nesse processo de santificação. Deus abençoe você! * O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do site Curso Bíblico Online . ➤ Estude TEOLOGIA com a gente: TEOLOGIA SISTEMÁTICA (Curso Completo) https://www.cursobiblicoonline.com.br/teologia/

  • A Mulher Cristã – Conclusão [Pt. 10/10]

    A paz do Senhor Jesus! Esta é a última parte (Pt.10/10) de uma série de estudos a respeito do comportamento da mulher cristã . Pt. 1 – Introdução (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-introducao-pt-1-10/ ) Pt. 2 – Rotina devocional (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-rotina-devocional-pt-2-10/ ) Pt. 3 – O coração (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-o-coracao-pt-3-10/ ) Pt. 4 – As palavras (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-as-palavras-pt-4-10/ ) Pt. 5 – As vestes (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-as-vestes-pt-5-10/ ) Pt. 6 – A solteira (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-solteira-pt-6-10/ ) Pt 7 – A esposa (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-esposa-pt-7-10/ ) Pt. 8 – A maternidade (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-a-maternidade-pt-8-10/ ) Pt. 9 – O trabalho (no lar ou fora) (acesse aqui: https://www.cursobiblicoonline.com.br/a-mulher-crista-o-trabalho-no-lar-ou-fora-pt-9-10/ ) Pt. 10 – Conclusão Quero agradecer a Deus por ter me ajudado em cada texto deste estudo. Ele é meu Senhor, meu Salvador, meu auxiliador. Obrigada a cada uma de vocês que também esteve aqui comigo, lendo, comentando, e sendo edificada pela Palavra de Deus. Aprendemos que a Bíblia ensina quais comportamentos a mulher cristã deve ter , seja no modo de pensar, de vestir, de falar ou de agir. Deus nos criou com diferentes personalidades, com um jeito único de ser e isso é maravilhoso. Mas sabemos que cada uma de nós temos defeitos e pecados que precisamos abandonar . O intuito de todos os textos foi nos levar a uma reflexão profunda sobre nós mesmas, para identificarmos em que ponto precisamos melhorar, o que devemos abandonar e que atitudes diferentes precisamos ter para sermos obedientes à Palavra de Deus. É muito importante entendermos que o caminho para a obediência é um caminho de renúncias . Não é suficiente apenas ler e estudar a Palavra, precisamos colocá-la em prática . E colocar em prática não é fácil, não é mesmo? Depois de fazer estes estudos, me vi em diversas situações sendo um pouco rude com meu esposo, com uma atitude sem paciência, e fiquei muito triste, pois eu me lembrava do versículo que fala sobre como devemos ter um espírito dócil e tranquilo (1 Pedro 3:4) . Fiquei pensando como é difícil controlar nossos impulsos, mesmo conhecendo a Palavra. E o que eu concluo é que eu preciso buscar mais a Deus . Preciso jejuar mais e orar mais. Buscar intimidade, pedir ajuda a Ele, ficar mais com Ele (sem estar com pressa), sabe? A intimidade com Deus deve ser o nosso objetivo de vida. Eu espero que, assim como eu, você também tenha conseguido identificar o que você precisa melhorar. No final, o objetivo de tudo isso é que Deus se agrade do nosso comportamento, e que Ele fale sobre nós aquilo que falou sobre Jó: Jó 1:8 E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. E que as pessoas ao nosso redor também possam dizer: Provérbios 31:28,29 Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva. Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente! Muito obrigada, mulheres virtuosas! Se precisarem de ajuda, conselhos ou oração , podem me procurar no meu instagram @dallilaengelman ou pelos comentários daqui. Deus abençoe muito vocês! * O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do site Curso Bíblico Online . ➤ Estude TEOLOGIA com a gente: TEOLOGIA SISTEMÁTICA (Curso Completo) https://www.cursobiblicoonline.com.br/teologia/

  • Mulheres da Bíblia | Quem foi Jael?

    Quem foi Jael? O que a Bíblia nos ensina sobre esta mulher? Vamos dividir este estudo sobre Jael em alguns tópicos: Localização canônica Esboço Vida pessoal Contexto geográfico Contexto político Contexto histórico Aplicação Localização canônica Em qual livro da Bíblia encontramos a história de Jael? A que sessão literária das Escrituras o livro pertence? O nome de Jael foi citado no livro de Juízes , nos capítulos 4 e 5. Este livro pertence ao Antigo Testamento, à sessão chamada de “Livros históricos”. É importante ler os capítulos (4 e 5) completos em sua Bíblia, pois assim poderá ter um melhor aproveitamento deste estudo. Esboço Como este estudo não é sobre todo o livro de Juízes, faremos um esboço apenas do capítulo 4, e citaremos o versículo que fala sobre Jael no capítulo 5. Diante desta vitória, Débora e Baraque entoam um cântico, e exaltam a Jael, no capítulo 5: Juízes 5:24-27 Que Jael seja a mais bendita das mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu! Seja ela bendita entre as mulheres que habitam em tendas! Ele pediu água, e ela lhe deu leite; numa tigela digna de príncipes trouxe-lhe coalhada. Ela estendeu a mão e apanhou a estaca da tenda; e com a mão direita o martelo do trabalhador. Golpeou Sísera, esmigalhou sua cabeça, esmagou e traspassou suas têmporas. Aos seus pés ele se curvou, caiu e ali ficou prostrado. Aos seus pés ele se curvou e caiu; onde caiu, ali ficou, morto! E aconteceu como Débora havia dito a Baraque, que a honra não seria dele, mas de uma mulher (Jz 4:9). Então, em resumo, Jael foi a mulher que matou um dos inimigos de Israel, Sísera (comandante do exército do rei Jabim). Vida pessoal O que sabemos a respeito da vida particular de Jael? Seguem abaixo as únicas coisas que a Bíblia nos informa: Jael era casada com Héber, o queneu; Moravam em algum lugar próximo à planície de Zaanaim, que ficava junto a Quedes. Esta localização era na tribo de Naftali. A Bíblia diz que Héber havia estendido suas tendas até ao carvalho de Zaanaim, o que não significa que ele morasse exatamente naquele local, mas nos dá uma direção. Havia paz entre a sua casa e Jabim, rei de Canaã (inimigo de Israel). Juízes 4:17 Porém Sísera fugiu a pé à tenda de Jael, mulher de Héber, queneu ; porquanto havia paz entre Jabim , rei de Hazor, e a casa de Héber, queneu. Juízes 4:11 E Héber, queneu , se tinha apartado dos queneus, dos filhos de Hobabe, sogro de Moisés; e tinha estendido as suas tendas até ao carvalho de Zaanaim, que está junto a Quedes, Mas quem eram os queneus? Qual sua origem? Este povo foi citado pela primeira vez em Gênesis 15:19. Gênesis 15:18-19 18 Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates: 19 o queneu , o quenezeu, o cadmoneu, Portanto, queneu era uma tribo nativa da Palestina na era patriarcal, conforme Pfeiffer (2006). Contexto Geográfico Conforme Juízes 4:11, Jael e Héber provavelmente viviam na tribo de Naftali. Observe o mapa abaixo e veja em vermelho as localizações de Jael e Débora (Efraim), para ter uma noção da distância. Hazor, em rosa, era de onde reinava Jabim, o rei inimigo de Israel (Jz 4:2). Débora, que vivia entre as tribos de Efraim e Benjamim , foi com Baraque para Quedes (Jz 4:9). Ali em Quedes, Baraque convocou Zebulom e Naftali e subiram com 10 mil homens. Sísera soube que Baraque havia ido para o monte Tabor (quadrado verde na imagem). Baraque derrota todo o exército de Sísera, e este foge a pé (Jz 4:15,16), até chegar na tenda de Jael (Jz 4:18). Contexto político No período em que viveu Jael, o povo de Israel estava sob a liderança política da juíza Débora . No total foram 15 juízes, e Débora foi a quarta. Conforme explica Pfeiffer (2010), os juízes eram homens dotados com o Espírito, chamados por Deus e capacitados por Ele a resolver crises especificas na história de Israel. Débora tinha sua sede entre Ramá e Betel. Juízes 4:5 Ela atendia debaixo da palmeira de Débora, entre Ramá e Betel, na região montanhosa de Efraim . O inimigo de Israel era o rei Jabim, cananeu, cujo comandante do exército se chamava Sísera. Juízes 4:2 Entregou-os o Senhor nas mãos de Jabim, rei de Canaã, que reinava em Hazor . Sísera era o comandante do seu exército , o qual, então, habitava em Harosete-Hagoim. Período de opressão de Israel por Jabim: 20 anos (Juízes 4:3) Período de paz: 40 anos (Juízes 5:31) Contexto histórico O livro de Juízes compreende o período aproximado de 1250 a 1050 a.C., conforme informa Bruce (2009). Mas o que estava acontecendo? O que antecede o período de Juízes? Vejamos o que a Bíblia nos informa. Após a morte de Moisés, Josué foi levantado para conduzir o povo na conquista das terras prometidas. Josué morreu (Jz 2:8) e o povo começou a fazer o que era mal perante o Senhor (Jz: 3:11). “A geração que entrou em Canaã durante a liderança de Josué tinha realizado muito por meio da ocupação dos sítios estratégicos e estabelecimento das tribos em suas porções específicas. A tarefa da conquista e ocupação, contudo, estava longe de se poder considerar terminada. ” (PFEIFFER, 2010). Havia ainda muitas terras habitadas pelos cananeus que precisavam ser conquistadas (Js. 13:1-7). Entretanto, por causa da desobediência do povo, Deus deixou de ajudar Israel. Juízes 2:20,21 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel; e disse: Porquanto este povo transgrediu a minha aliança que eu ordenara a seus pais e não deu ouvidos à minha voz , também eu não expulsarei mais de diante dele nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu; Desta forma, até aqui apresentamos o que estava acontecendo na história do povo de Israel em relação ao que está escrito na Bíblia. Em resumo, o povo estava sem um líder, desobedecendo a Deus, e terras ainda estavam por ser conquistadas. Entretanto, podemos ainda complementar este pano de fundo com os relatos históricos de fontes externas. A nação que possuía a principal força no período dos Juízes ( 1250 a 1050 a.C.), no Oriente Médio e África, era o Egito. O início de Juízes coincide com a a dinastia de Ramsés II (1279— 1213 a.C.). O Egito passou por três frases, conhecidas como “Antigo Império”, “Médio Imperío” e “Novo Império”, e o período aqui estudado se encaixa neste último. Figura produzida por Dallila Engelman baseado no livro de Emma Marriot – “A História do mundo para quem tem pressa”. Aplicação Ao ler esta história, vemos em Jael o retrato da mulher comum, como somos, que vivia em uma tenda, e provavelmente não era uma mulher conhecida. Ela tinha sua vida comum, cuidando do seu lar, do seu esposo. Alguém que aparentemente estava habituada a servir e oferecer conforto aos seus familiares, pois assim ela agiu com Sísera. E naquele tempo havia uma outra mulher, muito conhecida, Débora, que estava em destaque. Acredito que Débora era considerada por todos uma mulher inteligente, já que estava em uma liderança política. Quem sabe se Jael, ou outras mulheres, não olhavam para Débora e pensavam “queria tanto ser como Débora…reconhecida, vista como inteligente, …” ou “queria tanto ter a vida dela”. Claro que nada disto está escrito na Palavra de Deus, mas fiquei imaginando se por algum momento Jael não se sentia esquecida, ou menos especial, por não ter um papel reconhecido perante a sociedade. A verdade é que muitas mulheres se sentem assim. Se sentem angustiadas por estarem dentro de sua “tenda” cuidando do lar, do esposo, dos filhos. Esta é a função mais linda e mais importante que uma mulher pode exercer, mas o feminismo tem impregnado no coração de muitas mulheres a ideia de que ficar na “tenda” não vale a pena. Mas na história de Jael vemos que Deus não usa apenas pessoas com destaque perante a sociedade. Deus não usou apenas Débora, mas usou também Jael, que apesar de não ser a juíza, era conhecida por Deus. De dentro de sua tenda, Jael matou Sísera e salvou Israel, e ela foi honrada por Débora. Talvez Jael nunca imaginou que seu nome ficaria eternamente registrado no livro mais importante do mundo, a Bíblia. E o que aprendemos aqui é que em meio à nossa rotina, fazendo o que é comum, em nossa vida comum, cuidando dos nossos, estamos fazendo história, estamos construindo algo que é eterno. Todas somos igualmente amadas por Deus, e seja em uma liderança política ou em nossas “tendas”, Deus usa a todas nós! Não pense que por estar em casa, não há propósito em sua vida. Pelo contrário, é dentro de casa que está o maior propósito, e o maior tesouro! Deus abençoe a sua vida! Bibliografia BRUCE, F. F.. Comentário Bíblico NVI – Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Vida, 2009. MARRIOTT, Emma. A História do mundo para quem tem pressa. Tradução Paulo Afonso. – 1. ed. – Rio da janeiro: Valentina, 2016. PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody: Gênesis à Malaquias. Vol 1. Tradução Yolanda M. Krievin. São Paulo: Batista Regular do Brasil, 2010. PFEIFFER, Charles F. et al. Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. Conteúdo relacionado Aprenda mais sobre o período dos Juízes: https://www.cursobiblicoonline.com.br/os-juizes-um-ciclo-de-pecado-sofrimento-suplica-e-salvacao/ ➤ * O conteúdo dos textos publicados no site Curso Bíblico Online  por autores convidados expressa a opinião dos mesmos, sendo eles os responsáveis. Quer aprender mais? ➤ Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! 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  • Jeremias: O Profeta Quebrantado e a Promessa de uma Nova Aliança

    No cenário tumultuado do antigo Israel , poucos profetas se destacaram com a intensidade e o sofrimento de Jeremias . Conhecido como o "profeta chorão", sua vida foi um testemunho vivo da fidelidade de Deus em meio à apostasia de um povo. Jeremias não apenas proclamou as duras verdades do juízo divino, como também vislumbrou a esperança de um futuro redentor, selado por uma Nova Aliança . O Chamado Divino em Tempos de Crise O chamado de Jeremias ecoou em um dos períodos mais sombrios da história de Judá, entre os séculos VII e VI a.C. Sob o reinado de Josias , Jeoacaz , Jeoaquim , Joaquim e Zedequias , a nação oscilava entre breves avivamentos e uma profunda decadência espiritual, moral e política. Deus o chamou ainda jovem, com a promessa: "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta" (Jeremias 1:5, ACF ). Mesmo relutante e ciente da dificuldade da tarefa, Jeremias aceitou o chamado. Sua missão era impopular e perigosa: confrontar reis, sacerdotes e o próprio povo com a mensagem de que a desobediência a Deus levaria ao iminente exílio babilônico. Isso exigia uma coragem sobrenatural, e ele foi, sem dúvida, um dos mais solitários e perseguidos entre os profetas. A Mensagem de Juízo e a Queda de Jerusalém A maior parte do ministério de Jeremias foi dedicada a alertar Judá sobre o juízo iminente de Deus. Ele clamava por arrependimento  verdadeiro, não apenas rituais vazios. Sua mensagem era clara: a nação havia abandonado o Senhor, adorando ídolos e praticando injustiça. Deus usaria a Babilônia como Seu instrumento de punição. Ele profetizou detalhadamente a destruição de Jerusalém e do Templo , eventos que seriam dolorosamente cumpridos em 587 ou 586 a.C. por Nabucodonosor . Apesar de seus apelos fervorosos, o povo e seus líderes recusaram-se a ouvir, preferindo profetas que prometiam "paz, paz" , quando não havia paz ( Jeremias 6:14 ). A intensidade de sua pregação e a rejeição constante de sua mensagem causaram-lhe imenso sofrimento. Jeremias experimentou zombarias, prisões, espancamentos e foi lançado numa cisterna lamacenta ( Jeremias 38:6 ). Essa constante aflição e o peso das calamidades que via se aproximarem lhe renderam o título de "profeta chorão" , pois ele lamentava profundamente sobre o destino de sua nação (cf. Jeremias 9:1 ; Livro de Lamentações ). A Esperança em uma Nova Aliança Em meio a tanto juízo e lamento, a mensagem de Jeremias também contém raios gloriosos de esperança. No capítulo 29, ele entrega a famosa promessa aos exilados: "¹¹ Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais" ( Jeremias 29:11 , ACF). Essa passagem, frequentemente citada, fala da restauração futura de Israel após 70 anos de cativeiro. Contudo, a maior contribuição teológica de Jeremias, e uma das passagens mais significativas de todo o Antigo Testamento, é a profecia da Nova Aliança : "Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não conforme a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porque eles invalidaram a minha aliança apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor. Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. E não ensinará mais cada um a seu próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor; porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados." ( Jeremias 31:31-34 , ACF) Esta profecia aponta para uma aliança superior , selada não em tábuas de pedra, mas nos corações , e garantida pelo perdão completo dos pecados. Os apóstolos reconhecem essa Nova Aliança como sendo cumprida plenamente em Jesus Cristo , cujo sacrifício na cruz estabeleceu uma nova e melhor maneira de relacionamento entre Deus e a humanidade, baseada na fé, na graça e no perdão. No Novo Testamento , a Epístola aos Hebreus faz extensiva referência a essa profecia de Jeremias para explicar a superioridade da Nova Aliança em Cristo (cf. Hebreus 8:6-13 ; 9:14-16 ; 12:24 ). O Legado do Profeta Jeremias O legado de Jeremias é multifacetado: Apesar de toda a rejeição e sofrimento, Jeremias permaneceu fiel ao seu chamado, entregando a mensagem de Deus com integridade e coragem. Ele enfatizou que o arrependimento genuíno vai além de rituais e exige uma transformação interior do coração. Sua dor e lamento revelam uma face do ministério profético que é profundamente humano e, de certa forma, reflete o próprio sentimento de Deus pelo pecado de Seu povo. A promessa da Nova Aliança é um pilar da teologia cristã , revelando o plano redentor de Deus para a humanidade, que se concretiza em Cristo. Sua vida é um testemunho de firmeza e perseverança para aqueles que enfrentam adversidade por causa da sua fé. Conclusão Jeremias, o profeta que chorou por sua nação, permanece um farol de esperança e um lembrete da seriedade do pecado e da grandeza da misericórdia de Deus, culminando na gloriosa promessa da Nova Aliança. Sua voz, embora de lamento, carrega a eterna verdade da fidelidade de Deus e a certeza de que Seus planos de paz para o seu povo prevalecerão. ___________________________ Quer aprender mais? Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela.

  • Codex Sinaiticus e Codex Vaticanus

    O Codex Sinaiticus é um manuscrito considerado antigo (sec. IV), representado pelo sinal ( א ) e recebeu esse nome, porque foi achado na região do Sinai em 1844. Este é o único manuscrito no mundo escrito em 4 colunas, destoando fortemente do padrão de escrita de todos os outros manuscritos existentes (isso, por si só, já demonstra um desvio na forma de escrever). Além disso, o texto do Sinaiticus discorda frontalmente de outro manuscrito amplamente usado pelos críticos; o Codex Vaticanus considerado igualmente antigo (sec. IV), representado pelo sinal ( B ). Porém, vale lembrar que a antiguidade do material não implica em antiguidade textual. Isso significa dizer que um manuscrito posterior pode conservar um texto anterior , sendo cópia de manuscritos ainda mais antigos obtidos na época. Para se ter uma ideia, apenas nos Evangelhos , o Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus se contradizem mais de 3000 vezes! Segundo Herman C. Hoskier , há, sem contar os erros de iotacismo, 3.036 variações textuais entre o Sinaítico e o Vaticano somente no texto dos Evangelhos , enumeradas da seguinte forma: Mateus : 656 Marcos: 567 Lucas: 791 João: 1022 Total ( apenas nos Evangelhos): 3.036 Ambos os manuscritos discordam entre si e também discordam com a grande maioria dos manuscritos existentes, evidenciando que ambos os manuscritos não eram utilizados pela Igreja de modo geral e sim por um grupo sectário regional. Observe como esses chamados "melhores textos" pelos críticos, na verdade, são os piores! “Os cinco Unciais Antigos” ( א ABCD) falsificam a Oração do Senhor como dada por São Lucas em nada menos que quarenta e cinco palavras . Mas tão pouco eles concordam entre si , que se lançam em seis combinações diferentes em seus desvios do Texto Tradicional; e, no entanto, eles nunca são capazes de concordar entre si quanto a uma única leitura diferente : enquanto apenas uma vez mais de dois deles são observados juntos, e seu grande ponto de união é nada menos que uma omissão do artigo . Tal é sua tendência excêntrica, que em relação a trinta e duas dessas quarenta e cinco palavras eles oferecem, um por um, evidência solitária . - Burgon, The Traditional Text of the Holy Gospels Vindicated and Established , arranjado, completado e editado por Edward Miller (Londres: George Bell and Sons, 1986), p. 84. citado em " Deus Preservou o seu Texto " , escrito por Wilbur Norman Pickering , pg. 373, grifo nosso. Não é assustador como os críticos preferem textos contraditórios? Agora, veja um pequeno detalhe de inserção nos manuscritos Sinaiticus e Vaticanus, e, claro, como de costume, leituras distintas entre ambos... Observe atentamente o Codex Sinaiticus: Admin, Arnei "Arni" (nomes fictícios no Codex Sinaiticus) No trecho de Lucas 3:32,33 (principalmente no verso 33), o Codex Sinaiticus traz a seguinte sequência: aMINAdab ADAM ADMIN ARNEI (que os críticos transcreveram por "Arni") Percebeu? ADÃO! O que Adão está fazendo aqui? Acontece que nem Admin, nem Arni são personagens bíblicos no Antigo Testamento. Seus nomes não aparecem nos relatos da linhagem de Davi, confira em Rute 4:17-22. Esses personagens fictícios, evidentemente, nunca existiram! Observe atentamente o Codex Vaticanus: Admein "Admin", Arnei "Arni" (nomes fictícios no Codex Vaticanus) Observe que não se trata somente de uma diferença na grafia de um nome: simplesmente eles são inexistentes na história. Seus nomes (se é que são nomes) sequer possuem quaisquer conexões com os nomes hebraicos. Preservação Integral no Textus Receptus Somente o Textus Receptus preserva a linhagem de modo integral desde Judá como no Antigo Testamento: Lucas 3:32,33 - BKJ 1611 32 que era filho de Jessé, que era filho de Obede, que era filho de Boaz, que era filho de Salmom, que era filho de Naassom, 33 que era filho de Aminadabe, que era filho de Arão, que era filho de Esrom, que era filho de Perez, que era filho de Judá, Rute 4:18-22 - BKJ 1611 18 Ora, estas são as gerações de Perez: Perez gerou Esrom, 19 e Esrom gerou Arão, e Arão gerou Aminadabe, 20 e Aminadabe gerou Naassom, e Naassom gerou Salmom, 21 e Salmom gerou Boaz, e Boaz gerou Obede, 22 e Obede gerou Jessé, e Jessé gerou Davi. (Judá - Perez - Esrom - Arão (Rão) - Aminadabe - Naasom - Salmom - Boaz - Obede - Jessé - Davi) Conclusão: Para serem coerentes com a incoerência do idolatrado manuscrito Sinaiticus (fruto de uma seita), deveriam manter o nome desse tal "Adão" no meio dessa confusão, mas, porque não fazem isso? Porque os críticos escolhem quais critérios serão tomados em cada situação, ou seja, não há um critério objetivo. Quando convém, o critério é antiguidade, quando não, muda-se o critério para "proximidade em relação à Palestina" (que é como eles adoram se referir ao território de Israel), etc. E assim, criam um texto recortado como Frankenstein, uma verdadeira "colcha de retalhos", e o resultado dessa manipulação é literalmente um Texto Científico (conhecido também como " Texto Crítico " ) que jamais existiu na História da Igreja, uma vez que é modificado pelos "especialistas" que não consideram as Escrituras Sagradas como Palavra de Deus! ___________________________ Quer aprender mais? Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela. Vídeo relacionado

  • Jael: A Heroína Improvável

    No cenário muitas vezes complexo e brutal do mundo no Antigo Testamento, a figura de Jael  emerge como uma heroína inesperada e controversa, cuja ação decisiva alterou o curso da história de Israel. Sua história, registrada no livro de Juízes, nos desafia a refletir sobre a providência divina e a coragem em tempos de crise. Longe dos campos de batalha tradicionais, Jael demonstra que a fidelidade a Deus pode se manifestar nos lugares e das maneiras mais surpreendentes. O Contexto de Uma Nação Oprimida Para compreender a relevância de Jael, precisamos olhar para o panorama de opressão em que Israel se encontrava. O rei Jabim de Hazor , com seu poderoso comandante Sísera e seus novecentos carros de ferro, havia por vinte anos oprimido severamente os filhos de Israel (Juízes 4:3). A nação clamava a Deus, e o Senhor levantou a profetisa Débora e o comandante Baraque para libertá-los. A batalha contra Sísera foi predita por Débora com uma peculiaridade: "Certamente irei contigo, porém não será tua a honra da jornada que empreenderes; pois à mão de uma mulher o Senhor venderá a Sísera " (Juízes 4:9, ACF). Essa profecia apontava para uma figura feminina que não seria Débora, mas outra mulher, uma peça fundamental no plano divino. Jael: A Mulher da Tenda É neste cenário que Jael , mulher de Héber, o queneu, entra em cena. Os queneus eram um povo que mantinha relações de paz tanto com Israel quanto com Jabim (Juízes 4:17). Quando Sísera, fugindo da derrota iminente no campo de batalha, buscou refúgio, foi para a tenda de Jael (Juízes 4:17). Ela o convidou a entrar, oferecendo-lhe segurança e hospitalidade, um gesto que Sísera, exausto e desesperado, aceitou (Juízes 4:18). Jael, porém, tinha um propósito maior em mente. A estaca e o martelo Enquanto Sísera dormia profundamente, cansado da fuga, ela tomou uma atitude drástica. A Bíblia relata: "Então Jael, mulher de Héber, tomou uma estaca da tenda, e lançou mão de um martelo , e chegou-se mansamente a ele, e lhe cravou a estaca na fonte, de sorte que penetrou na terra, estando ele, porém, num profundo sono, e já muito cansado; e assim morreu" (Juízes 4:21, ACF). Quando Baraque chegou em busca de Sísera, Jael o recebeu e mostrou-lhe o corpo do inimigo caído (Juízes 4:22). A profecia de Débora havia se cumprido de uma forma inusitada e poderosa. A Repercussão de Sua Ação A atitude de Jael é celebrada no Cântico de Débora e Baraque, um dos mais antigos e poéticos trechos da Bíblia. Nesses versos, ela é exaltada: "Bendita seja entre as mulheres, Jael, mulher de Héber, o queneu; bendita seja entre as mulheres nas tendas" (Juízes 5:24, ACF). Essa bênção ressalta não apenas o ato em si, mas a sua coragem e a sua instrumentalidade na libertação de Israel. O cântico também menciona o impacto da opressão e da libertação: "Nos dias de Sangar, filho de Anate, nos dias de Jael cessaram os caminhos; e os que andavam por veredas iam por caminhos torcidos" (Juízes 5:6, ACF), indicando o retorno da segurança e da normalidade. A ação de Jael, embora chocante para a sensibilidade moderna, foi vista no contexto da época como um ato de heroísmo e justiça divina, uma demonstração da soberania de Deus que usa até mesmo os meios mais improváveis para cumprir Seus propósitos. Lições Para Hoje A história de Jael nos ensina várias lições atemporais: Deus Usa os Improváveis:  Jael não era uma guerreira treinada ou uma líder de Israel, mas uma mulher comum em sua tenda. Sua história nos lembra que Deus pode usar qualquer um, independentemente de sua posição ou habilidades, para realizar Sua vontade. Coragem em Tempos Difíceis:  Em um momento de grande perigo, Jael demonstrou uma coragem extraordinária. Sua ação decisiva reflete uma fé e uma audácia que podem inspirar-nos a agir com valentia em nossas próprias batalhas espirituais. A Soberania Divina:  A história de Jael é um testemunho da soberania de Deus. Ele tece os eventos da história e usa pessoas e circunstâncias, mesmo as mais inesperadas, para cumprir Seus planos de redenção e libertação. Conclusão A figura de Jael, com sua estaca e martelo, permanece como um lembrete vívido de que a fé, a coragem e a ação podem surgir dos lugares mais inesperados, manifestando o poder e a providência de um Deus que se importa com Seu povo e opera de maneiras misteriosas para garantir a justiça e a libertação. Ela é, sem dúvida, uma heroína improvável na trama da história bíblica. ___________________________ Quer aprender mais? Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela. Vídeo relacionado

  • Almeida 1681

    Resumo sobre a primeira tradução da Bíblia em Português A tradução mais antiga da Bíblia para o português diretamente do hebraico para o Antigo Testamento e do grego para o Novo Testamento é a do pastor João Ferreira de Almeida , datada de 1681. Entrentanto, as primeiras traduções de pequenos trechos dos textos bíblicos para o português surgiram ainda antes das versões em inglês, francês e alemão, graças ao rei D. Diniz de Portugal (1261–1325). Utilizando a Vulgata Latina como base, o monarca traduziu trechos do livro de Gênesis até o capítulo 20. Contudo, os registros mais antigos de traduções bíblicas em português preservados datam de 1495, marcando um marco inicial na história das Escrituras em nosso idioma. Sendo assim, a história da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, com o Novo Testamento traduzido e publicado em 1681, é um capítulo fascinante na trajetória do cristianismo e da língua portuguesa. Esta análise detalha o contexto, o processo de tradução, a relevância histórica e o legado dessa obra, focando exclusivamente na edição de 1681, escrita em português arcaico, mas totalmente compreensível. Detalhe importante: Nomes Próprios Em sua tradução, Almeida manteve o Nome de Deus : JEHOVAH , transliterando também os demais nomes próprios, ao invés de fazer uma adaptação em sua versão. Contexto Histórico e Biografia de João Ferreira de Almeida João Ferreira Annes d’Almeida nasceu por volta de 1628 em Torre de Tavares, Portugal, e faleceu em 1691 em Batávia (atual Jacarta, Indonésia). Inicialmente católico, converteu-se ao protestantismo ainda jovem, o que o levou a emigrar para colônias holandesas no Sudeste Asiático, onde atuou como ministro da Igreja Reformada. Sua vida foi marcada por um compromisso com a disseminação das Escrituras, trabalhando como pastor, missionário e tradutor. A decisão de traduzir a Bíblia para o português foi motivada pela necessidade de tornar as Sagradas Escrituras acessíveis aos falantes de português, especialmente em regiões como o Brasil e outras colônias portuguesas. Para mais detalhes sobre sua vida, consulte a página da Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil (SBTB) , ou a Wikipédia . O Processo de Tradução Almeida começou a traduzir o Novo Testamento em 1645, aos 17 anos, utilizando como base o texto grego do Textus Receptus , além de versões como a Bíblia de Genebra e traduções holandesas. O trabalho foi realizado em condições adversas, com escassez de recursos acadêmicos, como bibliotecas teológicas, e sem o apoio de grandes instituições. Isso torna sua empreitada ainda mais notável. A tradução do Novo Testamento foi concluída em 1676, mas a primeira edição só foi publicada em 1681 , em Amsterdã, pela tipografia da viúva J. V. Zomeren. O título original era: “O Novo Testamento, Isto he o Novo Concerto de Nosso Fiel Senhor e Redemptor Iesu Christo traduzido na Língua Portuguesa”. Essa edição, embora em português arcaico, é totalmente compreensível e reflete a linguagem do século XVII. Breve resumo das principais texto de Almeida A tradução do Antigo Testamento, iniciada por João Ferreira de Almeida, foi finalizada em 1694 pelo pastor holandês Jacobus op den Akker , um colaborador próximo de Almeida. No entanto, a impressão completa do Antigo Testamento só ocorreu em 1753, e a Bíblia completa, reunindo Novo e Antigo Testamentos em um único volume, foi publicada pela primeira vez em 1819 . Mais tarde, em 1898, uma edição revisada na Europa deu origem à conhecida versão “Revista e Corrigida” . No Brasil, atualmente, somente a versão ACF (Almeida Corrigida e Fiel ) se mantém fiel à base textual original usada por Almeida. Desafios e Contexto Religioso O século XVII foi marcado por tensões religiosas entre católicos e protestantes, o que afetou diretamente o trabalho de Almeida. Como protestante calvinista em colônias holandesas, ele enfrentou resistências do governo e da Igreja Católica , que dominava Portugal. A aprovação do presbitério e do Governo de Batávia , e a da Companhia das Índias Orientais era necessária para a publicação , prolongando o processo e exigindo revisões rigorosas. Além disso, a falta de recursos, como acesso a manuscritos e materiais de referência, e a distância geográfica dificultaram o trabalho. Ao falecer, João Ferreira de Almeida havia dedicado sua vida à tradução da Bíblia. Ele já tinha traduzido todo o Novo Testamento , e o Antigo Testamento estava pronto até o livro de Ezequiel, no capítulo 48, versículo 21 . A Importância da Edição de 1681 A tradução de Almeida foi inovadora por ser a primeira a partir das línguas originais, como o grego e o hebraico, diferentemente de traduções anteriores, como os trechos de Gênesis traduzidos por D. Diniz no século XIII a partir da Vulgata Latina. Isso garantiu maior fidelidade aos textos originais, sendo um marco para o cristianismo em português. Embora contenha apenas o Novo Testamento, a edição de 1681 serviu como base para todas as edições subsequentes da Bíblia em português. Seu impacto cultural e religioso foi significativo, tornando as Escrituras acessíveis aos falantes de português e fortalecendo o protestantismo em regiões como o Brasil e outras colônias. A linguagem arcaica, embora distinta, é totalmente compreensível, oferecendo uma janela para a história da língua portuguesa. Características da Linguagem A edição de 1681 utiliza um português arcaico, refletindo o estilo do século XVII, com construções como "Sancto", "Isto he" e "Redemptor". Apesar disso, a linguagem é clara e acessível, permitindo que leitores modernos compreendam o texto sem grandes dificuldades. Essa característica a torna um documento não apenas religioso, mas também literário, preservando a riqueza da língua portuguesa de sua época. Legado e Relevância Atual A edição de 1681 é considerada o alicerce para o desenvolvimento das traduções bíblicas em português. Sua fidelidade ao Textus Receptus a torna uma referência para estudiosos que preferem textos tradicionais. Além disso, sua linguagem reflete o português do século XVII, sendo um patrimônio literário e cultural. A dedicação de Almeida, apesar das adversidades, estimulou gerações de tradutores e estudiosos. Hoje, a edição de 1681 continua a ser estudada e apreciada por sua importância histórica e religiosa, sendo um testemunho da perseverança de um homem que enfrentou inúmeros desafios para trazer as Sagradas Escrituras para a língua portuguesa. Tabela Resumo: Principais Detalhes da Edição de 1681 Aspecto Detalhe Início da Tradução 1645 Conclusão do Novo Testamento 1676 Publicação 1681, em Amsterdã (Holanda) Língua Português arcaico, totalmente compreensível Base Textual Textus Receptus (grego) Importância Primeira tradução completa do Novo Testamento a partir das línguas originais Conclusão A Bíblia de João Ferreira de Almeida de 1681 é um marco na história do cristianismo e da língua portuguesa. Sua tradução do Novo Testamento, foi o ponto de partida para a disseminação das Escrituras em português, deixando um legado duradouro. Download Almeida 1681 em PDF Para aqueles interessados em explorar essa obra histórica, informamos que disponibilizamos o arquivo da edição original de 1681 em nosso site. Clique no botão de download abaixo para acessá-la. Almeida 1681 Online Clique no botão abaixo para ver o material digitalizado da Almeida NT (1681) : Almeida 1819 Online Clique no botão abaixo para ver o material digitalizado da Almeida Completa AT e NT (1819) : Quer aprender mais? Conheça nossos   CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos   CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela. Vídeo relacionado

  • Jeoseba: A Mulher de Fé e Coragem que Salvou uma Dinastia

    Em meio às complexas narrativas do Antigo Testamento, a história de Jeoseba  (também conhecida como Josebate ) emerge como um farol de fé, coragem e ação decisiva. Sua intervenção heroica foi crucial para preservar a linhagem real de Davi , da qual, séculos depois, nasceria o Messias . Longe dos holofotes e com poucas menções bíblicas, o impacto de suas ações reverbera poderosamente, revelando uma mulher que, impulsionada pela fé, desafiou a tirania e a morte. Quem foi Jeoseba e o Contexto de Sua Ação? Jeoseba é apresentada nas Escrituras como filha do rei Jeorão de Judá e, portanto, irmã do rei Acazias . Ela era casada com Joiada, o sumo sacerdote. Sua história está intrinsecamente ligada a um dos períodos mais sombrios da monarquia de Judá, após a morte de Acazias. O cenário era de caos e perseguição. Atalia , mãe de Acazias e avó de Joás , era uma mulher implacável e sedenta por poder. Ao saber da morte de seu filho, ela orquestrou um golpe sangrento, exterminando toda a descendência real de Judá que restava, com o objetivo de assumir o trono e consolidar seu reinado. A narrativa é vívida em 2 Reis 11:1 : "Vendo, pois, Atalia, mãe de Acazias, que seu filho era morto, levantou-se, e destruiu toda a descendência real." Neste momento de extrema violência e desespero, surge a figura de Jeoseba. O Ato Heroico de Jeoseba: Salvando Joás Enquanto Atalia massacrava os príncipes, Jeoseba agiu com uma rapidez e determinação impressionantes. Ela resgatou secretamente seu sobrinho, Joás , que era apenas um bebê, da chacina. 2 Reis 11:2-3 (ACF 2011)  descreve este ato: "Mas Jeoseba, filha do rei Jorão, irmã de Acazias, tomou a Joás, filho de Acazias, furtando-o dentre os filhos do rei, aos quais matavam, e o pôs, a ele e à sua ama na recâmara, e o escondeu de Atalia, e assim não o mataram. E esteve com ela escondido na casa do Senhor seis anos; e Atalia reinava sobre o país." Este ato não foi apenas um resgate de um bebê; foi um resgate da promessa de Deus. Joás era o único herdeiro restante da linhagem de Davi, através da qual o Messias viria. A fé de Jeoseba, embora não explicitamente detalhada, pode ser inferida por sua ação. Ela arriscou sua própria vida para proteger o futuro da dinastia davídica, demonstrando uma profunda confiança em Deus e em Suas promessas. Jeoseba e Joiada: Uma Parceria na Fé O sucesso da ocultação de Joás por seis anos deve-se, em grande parte, à parceria entre Jeoseba e seu marido, Joiada, o sumo sacerdote (cf. 2 Crônicas 22:11 ) . O fato de Joás ter sido escondido no Templo (a "Casa do Senhor") por tanto tempo sublinha a importância da fé e da dedicação de Joiada também. Ele e Jeoseba foram instrumentais em educar Joás nos caminhos do Senhor e, mais tarde, em orquestrar sua ascensão ao trono. Joiada, com o apoio de Jeoseba, liderou uma conspiração bem-sucedida para depor Atalia e restaurar Joás como o rei legítimo de Judá . Este evento é detalhado em 2 Reis 11 e 2 Crônicas 23, onde Joiada mobiliza os capitães, os levitas e o povo para ungir Joás. O Legado de Jeoseba: Fé, Coragem e Obediência Embora as Escrituras não dediquem muitos versículos a Jeoseba, seu impacto é imenso! Ela é um exemplo notável de: Fé em Ação:  Não basta crer; é preciso agir de acordo com a fé, mesmo diante do perigo. Coragem Inabalável:  Enfrentar uma rainha tirana e assassina exigia uma bravura extraordinária. Discernimento Espiritual:  Jeoseba compreendeu a importância da vida de Joás para a continuidade da promessa de Deus. A história de Jeoseba nos lembra que Deus usa pessoas comuns (mesmo que da realeza) em situações extraordinárias. Seu ato de amor e sacrifício não apenas salvou uma vida, mas garantiu a continuidade da linhagem de Davi, culminando no nascimento de Jesus Cristo. A narrativa de Jeoseba é um lembrete poderoso de que a fidelidade a Deus, mesmo em tempos de grande adversidade , pode ter consequências eternas. Que sua história nos inspire a agir com fé e coragem, confiando que o Senhor está conosco em cada passo, protegendo Seus propósitos e usando até mesmo os atos mais discretos para cumprir Sua vontade. ___________________________ Quer aprender mais? Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela. Vídeos relacionados

  • Quem era a mulher cuxita que Moisés casou?

    Afinal, quem foi a mulher cuxita que Moisés se casou? Seria uma princesa etíope? Uma rainha da Etiópia? O que a Bíblia fala sobre isso? Antes de mais nada, vamos mostrar onde está o texto bíblico: Miriã e Arão falaram contra Moisés, por causa da mulher cuxita que este havia tomado; pois ele tinha tomado uma mulher cuxita . – Números 12:1 Vamos expor as análises acerca da mulher cuxita (ou “mulher cusita” em algumas traduções), tanto na tradição hebraica como nas Escrituras. Não uma mulher etíope, mas a própria Zípora! Há ainda uma teoria, apoiada por Rashi [1] e Ibn Ezra, entre outros exegetas judaicos, que parecem não admitir a ideia de Moisés ter arrumado uma esposa etíope. Eles alegam que a mulher “cuxita” se trate de Zípora, filha de Jetro, cuja beleza era reconhecida por todos, do mesmo modo que contrasta com a negritude de uma etíope [2] . E, para negar essa possibilidade de Moisés ter possuído uma mulher etíope, fazem cálculos baseados na Guemátria, buscando um valor numérico equivalente entre as palavras “vistosa” (ou “reconhecida beleza”) e “cushita” [ cushit , cuja tradução literal é etíope]. De acordo com Rashi, o termo cushita (ou cuxita) foi repetido, para ressaltar que sua beleza física era tão grande quanto as qualidades de seu caráter [3] . Rashi [4] ainda vai dizer que: Ela foi chamada de “etíope” por conta de sua beleza, assim como um homem chamaria seu filho bonito de “etíope” para evitar que recaia sobre ele o mau-olhado. Em contrapartida, Kent Dobson (2019, p. 196) sugere que “talvez eles estivessem chateados que Moisés tivesse se casado com uma estrangeira de uma região geográfica completamente diferente. É possível que, em um momento de justiça poética, a punição de Míriam de ter uma pele branca como a neve (veja v. 10) fosse para contrastar com a pele negra da mulher de Moisés.” Cuxe é a Etiópia ou seria Midiã? Alguns comentaristas, preferem associar o adjetivo “cuxita” a alguma tribo do noroeste da Arábia, vizinha ou talvez idêntica à Midiã (país de origem de Zípora). Buscando um suposto paralelo entre os termos em Habacuque 3:7, sugerem que Cuxe deveria ser uma designação arcaica de Midiã. Porém, fica claro no próprio texto que se trata de nações distintas, pois se for aplicado o mesmo método de interpretação a vários textos similares; por exemplo em Isaías 7:18, deveríamos concluir que o termo Egito seria apenas uma designação arcaica de Assíria. É evidente que tal afirmação não é coerente! Dessa forma e sem base sólida, sustentam que a mulher etíope deveria ser a própria Zípora. Por que implicar com a mulher cuxita? Entretanto, surge então uma pergunta: Qual podia ser o motivo das reprovações que Miriã e Arão fazia a seu irmão a esse respeito? De acordo com Rashi, “era o fato de Moisés abandonar a esposa: absorvido por suas tarefas de profeta, ele teria negligenciado o lar. […] A opinião de Rashi foi vivamente criticada desde a Idade Média por numerosos comentadores.” (CHOURAQUI, 1997, p. 126) Outra teoria na tradição judaica sobre a mulher cuxita: Uma Rainha Etíope! Outros exegetas judeus, “dizem que esta mulher era uma das rainhas da Abissínia [Etiópia], que Moisés tinha tomado como mulher durante sua estadia de quarenta anos naquele país.” (TORÁ, 2017, p. 422, grifo nosso) O que Josefo falou sobre isso? Uma Princesa Etíope! De acordo com o historiador Flávio Josefo (1990, p. 141), os etíopes fizeram uma investida militar contra o Egito e obtiveram importante vitória. Os egípcios reconheceram-se muito fracos para resistir a tão grande força e receberam uma mensagem que havia apenas um homem – um hebreu – capaz de salvar o Egito nessa guerra. “O rei não teve dificuldade em julgar, por essas palavras, que Moisés era o hebreu em questão, ao qual o céu destinava salvar o Egito, e pediu à filha para fazê-lo general de todo o exército.” Moisés então, como um “ilustre general” do Egito, impeliu os etíopes até Sabá, capital da Etiópia. Sendo reconhecido por seu ato de bravura, por “Tarlis, filha do rei da Etiópia”, que “mandou oferecer-lhe a mão em casamento. Ele aceitou a honra, com a condição de que ela lhe entregasse a cidade. A promessa foi confirmada com um juramento e, depois que o tratado foi feito, em boa fé de parte a parte, ele deu graças a Deus por tantos favores e reconduziu os egípcios vitoriosos de volta à sua pátria.” (JOSEFO, 1990, p. 142). Esta princesa, portanto, teria permanecido no Egito durante a fuga de Moisés para Midiã (onde Moisés conheceu e se casou com Zípora), depois teria voltado à vida conjugal como segunda mulher, ao lado de Zípora, por ocasião do Êxodo. A mulher cuxita na Bíblia – Até onde a Escritura fala sobre isso? As Sagradas Escrituras não se preocupam em explicar os detalhes acerca dessa mulher e, muito menos, em qual momento Moisés a conheceu levando-a ao deserto. Até porque, isso não tem a menor importância para explicar o evento. A palavra cuxita (כושׂית Kûshiyth) provém do termo hebraico כושׂ Kûsh, que de acordo com o Dicionário Strong, significa Cuxe ou Etiópia ou etíopes = “negro”. (Strong) De forma simples (como está escrito), basta dizer que Moisés havia tomado uma mulher etíope. Na Bíblia, Cuxe é o primogênito de Cam, sendo um importante neto de Noé: “Os filhos de Cam: Cuxe , Mizraim, Pute e Canaã.” Gênesis 10:6 Por que não eu? E disseram: — Será que o Senhor falou somente por meio de Moisés? Será que não falou também por meio de nós? E o Senhor ouviu o que eles disseram. – Números 12:2 Arão, o porta-voz oficial de Moisés (Êx 7:1,2) e sumo sacerdote era um profeta. Miriã também era uma profetisa. “A profetisa Miriã, irmã de Arão, pegou um tamborim, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamborins e com danças. E Miriã lhes respondia: Cantem ao Senhor , porque triunfou gloriosamente e lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.” (Êxodo 15:20,21). Ambos deixaram-se levar pela ideia errônea de que, por serem usados por Deus deveriam assumir o posto de Moisés. Podemos observar que o problema aqui não tinha relação com a mulher cuxita. Ela foi usada apenas como um pretexto para atacar seu relacionamento especial com Deus e seu ministério profético. O problema real não era a esposa, e sim que eles manifestaram ter inveja (Moisés se acha o preferido?) e orgulho (também somos usado por Deus!). Ainda hoje, muitos obreiros não percebem, mas suas esposas são alvo constante dos ataques do inimigo, pois sabe que elas são os vasos mais frágeis (1 Pedro 3:7) e, portanto, arma planos constantes com a finalidade de destruir o casamento e o ministério dos maridos! ___________________________ Quer aprender mais? Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela. Vídeo relacionado Deus te abençoe! ⬤ Os materiais didáticos e demais artigos publicados no site estão protegidos por direitos autorais © | Se desejar utilizar algum texto em uma obra ou publicação, entre em contato conosco clicando aqui   ___________________________ Clique aqui para saber mais sobre A LEPRA em MIRIÃ   ___________________________ Bibliografia CHOURAQUI, A. A Bíblia – No Deserto (Números) . Tradução de Paulo Neves. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1997. DOBSON, K. Ensinamentos da Torá: conciliando a história judaica com a fé cristã / com notas de Kent Dobson. Tradução de Maurício Bezerra Santos Silva. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2019. JOSEFO, F. História dos Hebreus . Tradução de Vicente Pedroso. Rio de Janeiro: CPAD, 1990. RASHI. Torá-Rashi: Sefer Bamidbar-Números: com comentários de Rashi. Tradução de Yaacov Nurkin; Haftarot traduzidas e Targum Onkelos. São Paulo: Maayanot, 2018. (Coleção Torá Rashi; v.4). TORÁ. A Lei de Moisés . São Paulo: Sêfer, 2017. [1] Rashi, comentarista judeu que viveu na França, em Troyes, Champagne, no século XI [2] (RASHI, 2018, p. 125) [3] (TORÁ, 2017, p. 422) [4] (RASHI, 2018, p. 125) #cuxita #Números121 #etiópia #cusita #lepra #etíope #mulhercuxita #Moisés #cuxe #Arão #miriã

  • Quem Foi Estêvão? A História do Primeiro Mártir Cristão

    Quem Foi Estêvão? A História do Primeiro Mártir Cristão A história do cristianismo primitivo é rica em figuras de fé e coragem, e entre elas, Estêvão se destaca como um farol de dedicação e o primeiro a dar a vida por sua crença em Jesus Cristo. Sua narrativa, encontrada no livro de Atos dos Apóstolos, é um testemunho poderoso de fé, serviço e martírio, que continua a inspirar milhões ao longo dos séculos. O Contexto de Seu Chamado: Um Diácono Escolhido No início da Igreja, com o rápido crescimento do número de discípulos em Jerusalém, surgiu uma questão prática: a distribuição diária de alimentos às viúvas, especialmente as de origem grega, que se sentiam negligenciadas em relação às viúvas de origem hebraica. Para que os apóstolos pudessem se dedicar à oração e ao ministério da palavra, foi decidido que homens "de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria" deveriam ser escolhidos para cuidar dessa tarefa. Foi nesse contexto que Estêvão emergiu. Ele foi um dos sete homens selecionados pela comunidade e apresentados aos apóstolos. A Bíblia o descreve como "homem cheio de fé e do Espírito Santo" (Atos 6:5, ACF 2011). Sua escolha não foi meramente para uma função administrativa; era um reconhecimento de seu caráter e de sua profunda conexão com Deus. Um Ministério de Poder e Sinais Embora tenha sido escolhido para servir às mesas, o ministério de Estêvão rapidamente transcendeu essa função. A Escritura relata que ele, " cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo " (Atos 6:8, ACF 2011). Isso demonstra que o Espírito Santo operava poderosamente através dele, confirmando a mensagem que ele pregava. Sua sabedoria e o poder do Espírito que falava por meio dele eram tão evidentes que ninguém conseguia resistir aos seus argumentos. Ele debatia com judeus de diversas sinagogas – a dos Libertos, dos Cireneus, dos Alexandrinos, e os da Cilícia e da Ásia – e eles "não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava" (Atos 6:10, ACF 2011). A Acusação e o Discurso Perante o Sinédrio A popularidade e o poder de Estêvão, no entanto, despertaram a oposição. Homens mal-intencionados subornaram testemunhas para fazer falsas acusações contra ele, alegando que ele blasfemava contra Moisés e contra Deus. Ele foi levado perante o Sinédrio, o supremo conselho judaico. Diante de seus acusadores e juízes, o rosto de Estêvão resplandecia, "como o rosto de um anjo" (Atos 6:15, ACF 2011). Em vez de se defender diretamente, Estêvão proferiu um discurso magistral que revisitou a história de Israel, desde Abraão, passando por José, Moisés e Davi, até a vinda do Messias. Ele habilmente demonstrou como, ao longo da história, o povo de Israel havia resistido ao Espírito Santo e rejeitado os profetas enviados por Deus. Seu discurso culminou em uma repreensão direta aos seus ouvintes: "Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, assim também vós" (Atos 7:51, ACF 2011). Ele os acusou de terem traído e assassinado o Justo, Jesus, a quem eles deveriam ter recebido. O Martírio de Estêvão A essa altura, a ira dos membros do Sinédrio era palpável. Eles rangiam os dentes contra ele. Mas Estêvão , "cheio do Espírito Santo, fitando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus" (Atos 7:55, ACF 2011). Ele declarou o que via, e essa visão celestial foi a gota d'água para seus acusadores. Eles gritaram em alta voz, taparam os ouvidos e, em uníssono, arremeteram contra ele. Arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. Enquanto as pedras o atingiam, Estêvão orou: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito" (Atos 7:59, ACF 2011). E, ajoelhando-se, clamou em alta voz: "Senhor, não lhes imputes este pecado" (Atos 7:60, ACF 2011). Após dizer isso, ele adormeceu na morte. É notável que, entre aqueles que consentiram em sua morte e guardaram as vestes dos que o apedrejavam, estava um jovem chamado Saulo, que mais tarde se tornaria o apóstolo Paulo, um dos maiores propagadores do cristianismo. O Legado de Estêvão Estêvão é lembrado como o protomártir, o primeiro a morrer por sua fé em Cristo. Sua história é um lembrete vívido da perseguição que a Igreja primitiva enfrentou, mas também da coragem e da fidelidade daqueles que estavam dispostos a pagar o preço máximo por sua convicção. Seu exemplo de serviço, sua sabedoria no Espírito, sua pregação ousada e, acima de tudo, seu perdão aos seus algozes em seus últimos momentos, ecoam através da história como um modelo de discipulado cristão. A morte de Estêvão, longe de silenciar a mensagem do evangelho, na verdade impulsionou sua disseminação, pois os discípulos foram dispersos e levaram a palavra a outras regiões. A vida e a morte de Estêvão são um testemunho eterno da verdade e do poder do evangelho, e um desafio para todos os que se declaram seguidores de Cristo a viverem com a mesma fé e dedicação. ___________________________ Quer aprender mais? Conheça nossos CURSOS  e amplie seus conhecimentos bíblicos e teológicos! Clique aqui  para acessar a página dos CURSOS . Qualquer dúvida, entre em contato de suporte dos cursos clicando no ícone flutuante do WhatsApp que aparece na tela. Vídeo relacionado

  • Didaquê – A Instrução dos Doze Apóstolos

    INTRODUÇÃO Nessa introdução, leia detalhes sobre a Didaquê e, em seguida, o Documento completo. Didaquê  em grego (Διδαχή) significa “ensino”, “doutrina”, “instrução”. Chamado de: Ins trução dos Doze Apóstolos ou Doutrina dos Doze Apóstolos. Alguns acreditam que esta é a Epístola Apostólica escrita pelo Primeiro Concílio Apostólico em Jerusalém (ver Atos 15.30) próximo do ano 50 sob a direção de Tiago, o Justo. E teria sido enviada através do apóstolo Paulo aos crentes gentios (Atos 15.25-30). Entretanto, isso não pode ser comprovado historicamente. O que é a Didaquê? É um escrito do primeiro século que trata do ensino cristão. Embora não o consideremos como parte das Escrituras Sagradas — isto é, "inspirado e inerrante" — é de grande valor histórico e teológico. O título lembra a referência de “E perseveravam na doutrina dos apóstolos…” (Atos 2:42). Estudiosos estimam que são escritos anteriores à destruição do templo de Jerusalém, entre os anos 60 e 70 d.C. Outros estimam que foi escrito entre os anos 70 e 90 d.C., contudo são coesos quanto à origem sendo na Judeia ou Síria. Toda a tese de datação após o primeiro século deve ser desconsiderada. “O documento mais importante do período sub-apostólico e a mais antiga fonte de lei eclesiástica que possuímos… Enriqueceu e aprofundou de modo extraordinário o nosso conhecimento dos primórdios da Igreja” (J. Quasten). “Um dos documentos mais fascinantes e, ao mesmo tempo, mais intrigantes a emergirem da igreja primitiva” (M. W. Holmes).“Nenhum documento da igreja antiga tem se revelado tão desconcertante para os estudiosos como esse folheto aparentemente inocente” (C. C. Richardson). Provas de antiguidade (Século 1): O título “servo de Deus” aplicado a Jesus. O uso da expressão aramaica  Maranatha. A simplicidade litúrgica e das orações apontam para um período em que a Ceia do Senhor era ainda uma ceia. O batismo em água corrente. Preocupação em distinguir as práticas cristãs dos rituais judaicos (8.1). Ausência de preocupação com um credo universal. Nenhuma referência aos livros do Novo Testamento. Nenhuma referência ao episcopado monárquico. Ênfase aos ofícios carismáticos e itinerantes: apóstolos e profetas. Dupla estrutura de bispos e diáconos (ver Fp 1.1). Outros temas ausentes: virgindade, tendências gnósticas e antignósticas. Quanto à sua autenticidade, atualmente é de senso comum que o mesmo não tenha sido escrito pelos doze apóstolos, ainda que o título do escrito lhes faça menção. Contudo, estudiosos acreditam na compilação de fontes orais, tendo recebido os ensinamentos que resultaram na elaboração do texto. Também é senso comum que tenha sido escrito por mais de uma pessoa. Uso na Antiguidade A Didaquê gozou de ampla circulação por todo o período patrístico até o 4º século, sendo aceita como um livro digno de ser lido no culto divino. Citada por Clemente de Alexandria (150 d.C.) c omo Escritura (graphé) ; o livro 7 das Constituições Apostólicas (Síria, Século 4) é parcialmente baseado na Didaquê ; “Os Dois Caminhos” (caps. 1-6) são muito semelhantes aos capítulos 18-20 d a Epístola de Barnabé (100-130 d.C.) . É poss ível que ambos os documentos tenham se basead o em uma fonte comum. Também é citado por Rufino (340 d.C.) . Outros autores acharam necessário destacar que a Didaquê não possuía caráter canônico. Eusébio de Cesaréia , autor do livro  História Eclesiástica , refere-se a ela como um dos livros apócrifos ou espúrios, ou rejeitados para o cânon (Hist. Ecles., III, 25, 4). Atanásio faz o mesmo, mas afirma que ela ainda era usada na instrução da Igreja (Ep. Fest. 39). A descoberta desse manuscrito, na íntegra, em grego, num códice do século XI (ano 1056) ocorreu somente em 1873 num mosteiro em Constantinopla, o chamado Codex Hierosolymitanus . Existem outras versões antigas da Didaquê: copta, etíope, georgiana e latina. _________________________________________________ © Todos os direitos das traduções publicadas neste site são reservados ao  Curso Bíblico Online . As traduções não poderão ser publicadas por quaisquer outros meios sem prévia autorização por escrito. Para solicitar autorização, entre em contato conosco pelo WhatsApp. _________________________________________________ DIDAQUÉ: A Instrução dos Doze Apóstolos (Século I) CAPÍTULO 1 — Os Dois Caminhos; O Primeiro Mandamento 1  Há dois caminhos: um da vida e um da morte; e há uma grande diferença entre os dois caminhos. 2  O caminho da vida, então, é este: Primeiro, amarás a Deus que te fez; segundo, “teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39); e todas as coisas quaisquer que não queres que te aconteçam, não as faças também a outro. 3  E destes ditos o ensinamento é este: “Abençoai os que vos amaldiçoam e orai por vossos inimigos, e jejuai por aqueles que vos perseguem” (Lc 6.28). Pois que gratidão haverá, se amais os que vos amam? Não fazem também os gentios o mesmo? Mas amai vós os que vos odeiam; e não tereis inimigo. 4 Abstém-te das concupiscências carnais e mundanas. “Se alguém te der um golpe na tua face direita, oferece-lhe também a outra; e serás perfeito” (Mt   5.39). Se alguém te obrigar a ir por uma milha, vai com ele duas. “Se alguém te tirar a tua capa, dá-lhe também a tua túnica” (Mt 5.40-42). Se alguém te tomar o que é teu, não o peças de volta, pois, na verdade, não és capaz. 5 “Dá a todo aquele que te pede, e não o peças de volta” (Lc 6.30); pois o Pai quer que a todos seja dado de nossas próprias bênçãos (dons gratuitos). Feliz é aquele que dá segundo o mandamento; pois ele é inocente. Ai daquele que recebe; pois se alguém, tendo necessidade, recebe, é inocente; mas aquele que recebe não tendo necessidade, pagará a pena, porque recebeu e para quê, e, chegando a apertos (confinamento), será examinado acerca das coisas que fez, “e não escapará dali até que pague o último centavo” (Mt 5 . 26 ). 6  Mas também agora acerca disto, foi dito: Que tuas esmolas suem em tuas mãos, até que saibas a quem deves dar. CAPÍTULO 2 — O Segundo Mandamento: Pecado Grave Proibido. 1  E o segundo mandamento do Ensinamento: 2  “Não cometerás assassinato, não cometerás adultério”, não cometerás pederastia, não cometerás fornicação, “não furtarás”, não praticarás magia, não praticarás feitiçaria, não matarás uma criança por aborto nem matarás o recém-nascido. “Não cobiçarás as coisas do teu próximo” (Êx 20.13-17),  3  não jurarás falsamente, “não darás falso testemunho”, não falarás mal, não guardarás rancor. 4  Não serás de mente dupla nem de língua dupla; pois ser de língua dupla é “um laço de morte” (Pv 21.6).  5  Tua fala não será falsa nem vazia, mas cumprida por atos. 6  Não serás avarento, nem roubador, nem hipócrita, nem mal-intencionado, nem arrogante. Não tomarás mau conselho contra o teu próximo. 7  Não odiarás nenhum homem; mas a alguns repreenderás, por alguns orarás e alguns amarás mais que a tua própria vida. CAPÍTULO 3 — Outros Pecados Proibidos. 1  Meu filho, foge de toda coisa má e de toda semelhança dela ( 1 Ts 5 . 22 ). 2  Não sejas propenso à ira, pois a ira conduz ao assassinato; nem ciumento, nem briguento, nem de temperamento quente; pois de todas estas, assassinatos são gerados. 3  Meu filho, não sejas um luxurioso; pois a luxúria conduz à fornicação; nem um falador sujo, nem de olhar altivo; pois de todos estes, adultérios são gerados. 4  Meu filho, não sejas um observador de presságios, pois isso conduz à idolatria; nem um encantador, nem um astrólogo, nem um purificador, nem queiras olhar para estas coisas; pois de todas estas, idolatrias são geradas. 5 Meu filho, não sejas um mentiroso, pois a mentira conduz ao furto; nem amante do dinheiro, nem vaidoso, pois de todos estes, furtos são gerados. 6  Meu filho, não sejas um murmurador, pois isso conduz à blasfêmia; nem teimoso, nem mal-intencionado, pois de todas estas, blasfêmias são geradas. 7  Mas seja manso, pois os mansos herdarão a terra. 8  Seja longânimo, e piedoso, e sem dolo, e gentil, e bom, e sempre tremendo às palavras que ouviste. 9 Não te exaltarás, nem darás autoconfiança à tua alma. Tua alma não se unirá com os altivos, mas com os justos e humildes terás sua convivência. 10  As obras que te acontecem, recebe-as como boas, sabendo que à parte de Deus nada acontece. CAPÍTULO 4 — Vários Preceitos. 1  Meu filho, aquele que te fala a palavra de Deus, lembra-te dele noite e dia; e o honrarás como ao Senhor; pois no lugar de onde a doutrina do Senhor é proferida, ali está o Senhor. 2  E procurarás dia a dia a presença dos santos irmãos para que possais concordar em suas palavras. 3  Não desejarás divisão, mas levarás à paz aqueles que contendem. Julgarás justamente, não farás acepção de pessoas ao repreender por transgressões. 4  Não serás indeciso se algo será ou não. 5 Não sejas um estendedor das mãos para receber e um puxador delas para dar. 6  Se tens algo, por tuas mãos darás resgate por teus pecados. 7  Não hesitarás em dar nem murmurarás quando deres; pois saberás quem é o bom pagador do salário. 8  Não te desviarás daquele que está necessitado, mas compartilharás todas as coisas com teu irmão, e não dirás que são tuas; pois se sois participantes daquilo que é imortal, quanto mais em coisas que são mortais? 9 Não retirarás tua mão de teu filho nem de tua filha, mas desde a sua juventude lhes ensinarás o temor de Deus. 10 Não ordenarás nada em tua amargura ao teu servo ou serva, que esperam no mesmo Deus, para que nunca temam a Deus, que está sobre ambos; pois ele não vem chamar segundo a aparência exterior, mas àqueles que o Espírito preparou. 11  E vós, servos, sujeitar-vos-eis a vossos senhores como a um tipo de Deus, em modéstia e temor. 12  Odiarás toda hipocrisia e tudo o que não é agradável ao Senhor. 13  De modo nenhum abandonarás os mandamentos do Senhor; mas guardarás o que recebeste, não acrescentando nem tirando nada. 14  Na congregação, reconhecerás tuas transgressões e não te aproximarás do teu lugar de oração com uma má consciência. Este é o caminho da vida. CAPÍTULO 5 — O Caminho da Morte. 1  E o caminho da morte é este: Primeiramente, é mau e cheio de maldição: assassinatos, adultérios, luxúrias, fornicação, furtos, idolatrias, artes mágicas, feitiçarias, rapina, falsos testemunhos, hipocrisias, duplicidade de coração, engano, arrogância, depravação, teimosia, ganância, fala suja, ciúme, autoconfiança excessiva, altivez, vanglória; 2  perseguidores dos bons, odiando a verdade, amando a mentira, não conhecendo a recompensa pela justiça, não se apegando ao bem nem ao julgamento justo, não vigiando o que é bom, mas o que é mau; de quem a mansidão e a perseverança estão longe, amando vaidades, buscando retribuição, não tendo piedade de um pobre, não trabalhando pelos aflitos, não conhecendo Aquele que os fez, assassinos de crianças, destruidores da obra de Deus, desviando-se daquele que está necessitado, afligindo aquele que está angustiado, defensores dos ricos, juízes ímpios dos pobres, pecadores completos. Sejam libertos, filhos, de todas estas coisas. CAPÍTULO 6 — Contra Falsos Mestres e Alimento Oferecido a Ídolos. 1  Vede que ninguém vos faça errar deste caminho do Ensinamento, visto que, à parte de Deus, ele vos ensina. 2  Porque se puderdes suportar todo o jugo do Senhor, sereis perfeitos; mas, se ainda não puderdes, fazei o que puderdes. 3  E com relação ao alimento, suportai o que sois capazes; mas contra aquilo que é sacrificado a ídolos, sede extremamente cautelosos; pois é o serviço de deuses mortos. CAPÍTULO 7 — A Respeito do Batismo. 1  E a respeito do batismo, batizai assim: Tendo primeiro dito todas estas coisas, batizai em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, em água viva (água corrente). 2  Mas se não tendes água viva (água corrente), batizai em outra água; e se não puderdes em água fria, em água quente. 3  Mas se não tendes nenhuma das duas, derramai água três vezes sobre a cabeça em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 4  Mas antes do batismo, jejuem o batizador e o batizado, e quaisquer outros que puderem; mas ordenareis ao batizado que jejue um ou dois dias antes. CAPÍTULO 8 — A Respeito do Jejum e da Oração (A Oração do Senhor). 1  Mas que vossos jejuns não sejam como os dos hipócritas; pois eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana; mas jejuai vós no quarto dia e na Preparação (sexta-feira). 2  Nem oreis como os hipócritas; mas como o Senhor ordenou em Seu Evangelho, orai assim: “Pai Nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino. Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão diário (necessário), e perdoa-nos a nossa dívida, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do maligno (ou, mal); pois Teu é o poder e a glória para sempre” (Mt 6.9-13). 3  Três vezes ao dia, orai assim. CAPÍTULO 9 — A Ação de Graças (Ceia do Senhor - Eucaristia). 1  Ora, concernente à Ação de Graças (Ceia), assim dai graças. 2  Primeiro, concernente ao cálice: “Nós Te agradecemos, nosso Pai, pela santa videira de Davi, Teu servo, a qual Tu nos fizeste conhecer através de Jesus, Teu Servo; a Ti seja a glória para sempre.” 3  E concernente ao pão partido: “Nós Te agradecemos, nosso Pai, pela vida e conhecimento que Tu nos fizeste conhecer através de Jesus, Teu Servo; a Ti seja a glória para sempre. 4 Assim como este pão partido foi espalhado sobre as colinas, e foi reunido e se tornou um, assim seja reunida a Tua Igreja desde os confins da terra em Teu reino; pois Teu é o poder e a glória através de Jesus Cristo para sempre.” 5  Mas que ninguém coma ou beba de vossa Ação de Graças (Ceia), senão aqueles que foram batizados em nome do Senhor; pois concernente a isto também o Senhor disse: “Não deis o que é santo aos cães” (Mt 7.6). CAPÍTULO 10 — Oração Após a Comunhão. 1  Mas depois de vos fartardes, assim dai graças: 2 “Nós Te agradecemos, Pai santo, por Teu santo nome que Tu fizeste habitar em nossos corações, e pelo conhecimento, fé e imortalidade, que Tu nos fizeste conhecer através de Jesus, Teu Servo; a Ti seja a glória para sempre. 3  Tu, Mestre todo-poderoso, criaste todas as coisas por causa do Teu nome; Tu deste alimento e bebida aos homens para desfrute, para que Te dessem graças; mas a nós Tu deste gratuitamente alimento e bebida espirituais e vida eterna através de Teu Servo. 4  Antes de todas as coisas, nós Te agradecemos porque Tu és poderoso; a Ti seja a glória para sempre. 5  Lembra-Te, Senhor, de Tua Igreja, para livrá-la de todo o mal e para torná-la perfeita em Teu amor, e ajunta-a dos quatro ventos, santificada para Teu reino que Tu preparaste para ela; pois Teu é o poder e a glória para sempre. 6 Venha a graça e passe este mundo. Hosana ao Deus (Filho) de Davi! Se alguém é santo, que venha; se alguém não o é, que se arrependa. Maranata . Amém.” 7  Mas permiti aos profetas que façam a Ação de Graças tanto quanto desejarem. CAPÍTULO 11 — A Respeito de Mestres, Apóstolos e Profetas. 1  Portanto, todo aquele que vier e vos ensinar todas estas coisas que foram ditas antes, recebei-o. 2  Mas se o próprio mestre, desviado, ensinar outra doutrina para a destruição desta, não o ouçais; mas se ensinar de modo a aumentar a justiça e o conhecimento do Senhor, recebei-o como ao Senhor. 3  Mas a respeito dos apóstolos e profetas, segundo o decreto do Evangelho, fazei assim. 4  Que todo apóstolo que vier a vós seja recebido como ao Senhor. 5  Mas ele não permanecerá senão um dia; mas se houver necessidade, também no dia seguinte; mas se permanecer três dias, é um falso profeta. 6  E quando o apóstolo se for, que não leve nada senão pão até se hospedar; mas se pedir dinheiro, é um falso profeta. 7  E todo profeta que falar no Espírito, não o provareis, nem o julgareis; pois “todo pecado será perdoado, mas este pecado não será perdoado” (Mt 12.31). 8  Mas nem todo aquele que fala no Espírito é um profeta; mas somente se guardar os caminhos do Senhor. Portanto, por seus caminhos, se conhecerá o falso profeta e o profeta. 9  E todo profeta que ordenar uma refeição no Espírito não comerá dela, a não ser que seja de fato um falso profeta; 10  e todo profeta que ensina a verdade, se não fizer o que ensina, é um falso profeta. 11  E todo profeta, provado verdadeiro, trabalhando para o mistério da Igreja no mundo, mas não ensinando outros a fazer o que ele mesmo faz, não será julgado entre vós, pois com Deus ele tem o seu julgamento; pois assim fizeram também os antigos profetas. 12  Mas quem disser no Espírito: “Dai-me dinheiro” ou outra coisa, não o ouvireis; mas se vos disser para dar por causa de outros que estão necessitados, que ninguém o julgue. CAPÍTULO 12 — Recepção de Cristãos. 1  Mas que todo aquele que vier em nome do Senhor seja recebido; e depois o provareis e o conhecereis, pois tereis entendimento à direita e à esquerda. 2  Se aquele que vier for um viajante, ajudai-o tanto quanto puderdes; mas ele não permanecerá convosco senão dois ou três dias, se houver necessidade. 3 Mas se ele quiser permanecer convosco, sendo um artesão, que trabalhe e coma; mas se não tiver ofício, 4  segundo o vosso entendimento, vede que, como cristão, ele não viva ocioso convosco. 5  Mas se não quiser fazer assim, é um mercador de Cristo. Vigiai para que vos afasteis de tais. CAPÍTULO 13 — Sustento dos Profetas. 1  Mas todo verdadeiro profeta que quiser permanecer entre vós “é digno do seu sustento” (Mt 10.10). 2  Assim também um verdadeiro mestre é digno, como o trabalhador, do seu sustento. 3  Toda primícia, portanto, dos produtos do lagar e da eira, de bois e de ovelhas, tomareis e dareis aos profetas, pois eles são vossos sumos sacerdotes. 4  Mas se não tendes um profeta, dai-a aos pobres. 5  Se fazeis uma fornada de massa, tomai a primícia e dai-a segundo o mandamento. 6  Assim também, quando abris um jarro de vinho ou de azeite, tomai a primícia e dai-a aos profetas; 7  e de dinheiro (prata) e vestuário e toda posse, tomai a primícia, como vos parecer bom, e dai-a segundo o mandamento. CAPÍTULO 14 — Assembleia Cristã no Dia do Senhor. 1  Mas a cada Dia do Senhor, reuni-vos, e parti o pão, e dai graças após haverdes confessado vossas transgressões, para que vosso sacrifício seja puro. 2  Mas que ninguém que esteja em discórdia com seu companheiro se reúna convosco, até que se reconciliem, para que vosso sacrifício não seja profanado. 3  Pois isto é o que foi dito pelo Senhor: “Em todo lugar e tempo oferecei-me um sacrifício puro; pois eu sou um grande Rei, diz o Senhor, e meu nome é maravilhoso entre as nações” (Ml 1.11). CAPÍTULO 15 — Bispos e Diáconos; Repreensão Cristã. 1  Portanto, nomeai para vós mesmos bispos e diáconos dignos do Senhor, homens mansos, e não amantes do dinheiro, e verdadeiros e provados; pois eles também vos prestam o serviço de profetas e mestres. 2  Não os desprezeis, portanto, pois eles são vossos honrados, juntamente com os profetas e mestres. 3  E repreendei-vos uns aos outros, não com ira, mas em paz, como tendes no Evangelho; mas a todo aquele que agir mal contra outro, que ninguém fale, nem ouça nada de vós até que se arrependa. 4 Mas vossas orações e vossas esmolas e todas as vossas obras fazei assim, como tendes no Evangelho de nosso Senhor. CAPÍTULO 16 — Vigilância; A Vinda do Senhor. 1  Vigiai por vossa vida. Que vossas lâmpadas não se apaguem, nem vossos lombos se desatem; mas “estai preparados”, pois “não sabeis a hora em que nosso Senhor virá” (Lc 12.35; Mt 24.42).  2  Mas frequentemente vos reunireis, buscando as coisas que são convenientes para vossas almas; pois todo o tempo de vossa fé não vos aproveitará, se não fordes aperfeiçoados no último tempo. 3  Pois nos últimos dias falsos profetas e corruptores se multiplicarão, e as ovelhas se transformarão em lobos, e o amor se transformará em ódio; 4  pois quando a iniquidade aumentar, eles se odiarão e perseguirão e trairão uns aos outros, e então aparecerá o Enganador do mundo como (se fosse o) Filho de Deus, e fará sinais e maravilhas, e a terra será entregue em suas mãos, e ele fará coisas iníquas que nunca aconteceram desde o princípio. 5 Então a criação dos homens virá ao fogo da provação, e muitos tropeçarão e perecerão; “mas aqueles que perseverarem em sua fé serão salvos” por aquele que os outros amaldiçoam (Mt 24.13). 6  E então aparecerão os sinais da verdade; primeiro, o sinal de uma expansão no céu; depois, o sinal do som da trombeta; e o terceiro, a ressurreição dos mortos; 7  contudo, não de todos, mas como está escrito: “O Senhor virá e todos os Seus santos com Ele” (Mt 25.35). 8  Então “o mundo verá o Senhor vindo sobre as nuvens do céu” (Zc 14.5; 1Ts 3.13; Mt 24.30; Ap 1.7). _________________________________________________ Quer aprender mais? 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